COTIDIANO
Policial é acusado de agredir e balear filho
Após discussão, cabo da PM teria sacado um révolver e disparado contra o filho, um adolescente de 15 anos.
Publicado em 04/01/2012 às 6:30
A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar a denúncia contra um policial militar que está sendo acusado de espancar e atirar no próprio filho, um adolescente de 15 anos, durante uma festa familiar na cidade de Ingá, no Agreste da Paraíba. O cabo João Batista Gomes dos Santos, de 40 anos, pertence ao efetivo do 2° Batalhão da PM em Campina Grande e foi intimado para prestar depoimento amanhã. Ele poderá ser indiciado por lesão corporal.
De acordo com testemunhas, o PM estaria bebendo em casa com o filho e com outros parentes quando a briga começou. O caso aconteceu na última quarta-feira , mas só foi divulgado na manhã de ontem pela mãe do adolescente, Maria Andréa Nunes dos Santos, 32 anos, que apresentou a denúncia. De acordo com o registro da ocorrência na delegacia de Ingá, a briga começou porque o policial teria começado a xingar a ex-esposa, mãe do garoto.
“O menor não mora com o pai e estava comemorando o final de ano com ele, quando o policial teria começado a destratar a mãe e a partir daí começou a discussão. Houve luta corporal. O pai pegou a arma, foi pra cima do filho e um dos disparos atingiu o tornozelo do adolescente”, relatou o delegado Jorge Luís de Almeida, titular da Polícia Civil em Ingá.
Um irmão do acusado, que também é policial militar em Campina Grande, será intimado a depor na condição de testemunha, já que ele estava no local no momento do disparo e acompanhou o garoto ao Hospital de Ingá onde ele recebeu os primeiros socorros e foi liberado em seguida.
“O inquérito já foi instaurado e ouvimos o adolescente. Falta agora ouvir as testemunhas e o suspeito, mas já oficiamos o Batalhão para apresentar o pai e o tio do adolescente para que possam prestar os devidos esclarecimentos”, concluiu o delegado, que ainda aguarda o resultado do exame de corpo delito feito na vítima pelo Núcleo de Medicina Legal (Numol) de Campina Grande. A Polícia Civil tem 30 dias para concluir o inquérito e decidir de o cabo vai responder a processo.
O adolescente já está na casa da mãe em Campina Grande, mas segundo ele continua apresentando problemas de saúde por causa dos ferimentos. “Ele está ainda precisa de cuidados médicos”, afirma Andréa.
Comentários