COTIDIANO
População do Treze de Maio está insegura
Os criminosos possuem um modo de atuação semelhante, quase sempre armados e utilizando uma motocicleta.
Publicado em 29/08/2012 às 8:00
Andar pelas ruas do bairro Treze de Maio, em João Pessoa, já não é uma atividade tranquila. Os frequentes assaltos implantaram o medo na população, que teme sair de casa, já as crianças chegaram a deixar de frequentar a escola em virtude da onda de assaltos que atingiu o bairro. Os criminosos possuem um modo de atuação semelhante, quase sempre armados e utilizando uma motocicleta.
Na última quinta-feira ocorreram dois assaltos a mães de alunos de uma escola particular. As vítimas foram abordadas no momento em que deixavam os filhos na instituição de ensino.
“Isso aconteceu ao meio-dia, quando ela estava com o bebê. O bandido chegou a apontar a arma para ela. No mesmo dia, uma outra mãe foi assaltada por volta das 17h. No dia seguinte, nós percebemos que muitos alunos faltaram a aula, tudo isso em virtude da violência”, disse a diretora da escola, Lígia Batista.
A diretora ainda detalhou que as mulheres são o principal alvo dos criminosos e para combater os crimes, na última segunda-feira a direção da escola encaminhou ofício ao 1º Batalhão de Polícia Militar solicitando reforço no policiamento do bairro e presença constante da Patrulha Escolar. “A gente está vindo trabalhar com medo, inseguros, porque independente da movimentação que há na rua, eles assaltam, são ousados”, completou Lígia Batista.
A violência também modificou os hábitos dos moradores do bairro, que agora evitam ficar na frente de casa. “Minha filha estava conversando com uma amiga na porta de casa quando dois homens em uma moto chegaram e pediram o celular dela. Eu tenho o maior medo de sair de casa com uma bolsa. O Treze de Maio está muito perigoso e os assaltos acontecem principalmente em esquinas”, destacou uma moradora que preferiu não se identificar.
A principal praça do bairro também não está isenta da ação dos bandidos. De acordo com uma mulher que preferiu não se identificar, os moradores já não frequentam o local por medo de assaltos. “Semana passada um casal estava namorando quando foi assaltado. Os assaltos acontecem mais no período da tarde e por isso as pessoas já não frequentam muito a praça. Nós precisamos de policiamento”, disse.
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