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COTIDIANO

Porteiro assume ter matado ex-ministro e dá detalhes do crime

José Villela e a empregada do casal foram mortos a facadas em 2009. Suspeito foi preso na última segunda-feira, em Montalvânia (MG).

Publicado em 18/11/2010 às 6:56

Do G1

O ex-porteiro Leonardo Alves assumiu nesta quarta-feira (17) ter matado o ministro aposentado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, a mulher dele, Maria Villela, e a empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva. Em entrevista dada pouco antes de depor à Polícia Civil do Distrito Federal na tarde desta quarta, Alves disse que cometeu o crime por por ter sido"destratado" pelo ex-ministro ao pedir emprego a ele.

Alves foi preso em Montalvânia (MG) na última segunda-feira (15) e chegou a Brasília nesta quarta. Segundo a polícia, o ex-porteiro confessou em depoimento a participação no triplo assassinato.

O porteiro afirmou que o ex-ministro foi o primeiro a ser morto, logo após chegar ao apartamento. Alvez disse que o crime foi praticado com a ajuda de um sobrinho. A mulher de Villela chegou ao apartamento depois do marido e, apesar de entregar cerca de R$ 500 e US$ 27 mil, segundo Alves, foi morta por ele e o sobrinho.

Alves disse que a morte da empregada foi "ainda mais fatalidade", porque ela chegou ao apartamento quando a dupla já estava deixando o local. A prisão do porteiro foi decretada após a polícia descobrir o envolvimento dele nos assassinatos enquanto investigava outro crime ocorrido no Distrito Federal.

Indiciada pela morte dos pais e da empregada da família, a filha do casal Adriana Vilela disse nesta terça-feira (16) que a Coordenação de Investigação de Crimes Contra a Vida (Corvida) sempre teve fartas informações que provariam a inocência dela.

Ela chegou a ser presa pela polícia, e sempre negou participação no triplo assassinato. Adriana disse que os delegados foram "irresponsáveis" e espera que seja feita Justiça.

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Jornal da Paraíba

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