Prazo para investigação sobre morte de empresário é estendido

Karoline Zilah

O 2º Tribunal do Júri de João Pessoa autorizou a continuidade das investigações sobre a morte do empresário campinense Suênio Rocha Melo, de 30 anos, assassinado com um tiro na cabeça quando saía de um shopping na Capital. A diltação de prazo foi pedida pelo delegado que preside o inquérito, Marcos Vasconcelos, titular da Delegacia de Homicídios. Com isso, serão concedidos mais 30 dias para que ele possa esclarecer de onde partiu o disparo que atingiu o motorista.

Em entrevista ao Paraíba1, o delegado informou que ainda não recebeu a autorização oficialmente, mas adiantou quais são os próximos passos da investigação. O objetivo agora, segundo ele, é identificar o autor do tiro.

Suênio sofreu uma tentativa de assaltado e baleado quando saía do Manaíra Shopping de carro, acompanhado por amigos. Uma das hipóteses levantadas já foi descartada: o tiro partiu de longe, o que exclui a possibilidade do assaltante ter sido o responsável. A conclusão foi da necrópsia feita no corpo da vítima. Um vídeo com imagens das câmaras de segurança do shopping também ajudou na apuração.

A linha seguida agora é de que uma terceira pessoa, possivelmente um segurança ou um policial, tenha tentado impedir o assalto disparando contra o bandido, mas acabou atingindo o motorista. Para elucidar o crime, o delegado solicitou um relatório das armas utilizadas pelos seguranças terceirizados do shopping naquela noite.

“Vamos ouvir os seguranças que estavam em serviço e a chefia de segurança para detectar de onde partiu o tiro. Pode ser que a Justiça determine mais diligências também”, declarou Marcos Vasconcelos.

O advogado que representa o shopping, Marcos Pires, disse ter encaminhado o relatório das armas. Ele informou que a empresa está aberta para perícia, ou qualquer procedimento técnico. No entanto, reforçou não acreditar que o tiro tenha saído da arma de algum dos seguranças particulares.

Dois adolescentes moradores do bairro São José foram detidos por participação no assalto contra Suênio Melo. O crime aconteceu no mês de outubro, e as investigações tiveram que ser interrompidas 30 dias depois, estando paradas há cerca de um mês.