COTIDIANO
Prédio é desocupado
Prédio onde ocorreu a chacina de cinco pessoas, em Mangabeira, foi desocupado e famílias inscritas no programa auxílio-aluguel.
Publicado em 12/06/2012 às 6:00
Equipes da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) de João Pessoa visitaram na manhã de ontem o prédio da Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam), onde ocorreu na última sexta-feira a ‘Chacina de Mangabeira’ que deixou cinco mortos. Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Lau Siqueira, o processo de desocupação do prédio começou na última sexta-feira e a prefeitura espera que o prédio seja lacrado.
Cerca de 20 pessoas foram relocadas para um local seguro e que é mantido em sigilo para não comprometer a segurança. Segundo Lau Siqueira, neste local as famílias devem permanecer por no máximo quatro dias, já que foram inseridas no programa ‘Auxílio Aluguel’
“O risco era grande para estas pessoas. Por este motivo providenciamos imediatamente a retirada de todos e a inclusão no auxílio aluguel. As pessoas que estão aqui no abrigo não são envolvidas com o tráfico de drogas e nem sequer testemunharam o que aconteceu, mas o risco era iminente”, disse o secretário Lau Siqueira.
Todas as famílias já estão cadastradas no programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ e conforme a Secretaria de Habitação Social (Semhab), deverão ser contemplados com as próximas unidades. “Assim que cheguei ao prédio da Sucam uma criança me falou que não queria mais ficar lá. Todos foram retirados emergencialmente porque estavam com medo, e não tinham nenhuma segurança”, concluiu Lau Siqueira.
Ainda na manhã de ontem um morador voltou ao prédio da Sucam para retirar alguns pertences que haviam ficado no local. No prédio que antes servia de moradia e também como ‘boca de fumo’, muita coisa foi deixada para trás. Os quartos, antes ocupados pelas vítimas permanecem vazios, porém o acesso ao prédio permanece aberto, dando condições para que qualquer pessoa possa entrar.
De acordo com a assessoria da Sedes, somente a Defesa Civil poderá interditar o prédio, que é patrimônio do governo federal.
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA não conseguir contato com a Defesa Civil e os responsáveis sobre o prédio para falar sobre uma possível demolição.
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