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COTIDIANO

Prefeitura contrata escritório de advogado que integra defesa de prefeito investigado na Pés de Barro

Publicado em 13/08/2020 às 10:48 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:26

Contrato de R$ 42 mil foi firmado por inexigibilidade de licitação pela prefeitura de Uiraúna, no Sertão do Estado

Em liberdade desde julho deste ano, o prefeito João Bosco Fernandes, de Uiraúna, continua sendo investigado pela Operação Pés de Barro da Polícia Federal, que apura um suposto pagamento de propina em obras da adutora de Capivara, no Sertão. Mas um fato chamou a atenção dos investigadores recentemente. É que um dos advogados dele, Rodrigo Lima Maia, teve o escritório contratado pela prefeitura de Uiraúna por R$ 42 mil.

A adjudicação do procedimento de inexigibilidade de licitação foi publicada no início de janeiro, quando João Bosco estava preso e o vice dele, José Nilson Santiago Segundo, havia assumido o comando da gestão municipal. No mesmo período, o advogado atuava na defesa do gestor afastado.

O advogado Rodrigo Maia disse ao blog, no entanto, que pediu a rescisão do contrato com a prefeitura e não recebeu nenhum valor do município relativo a serviços prestados este ano.

O extrato de contrato foi publicado no Diário Oficial do município de Uiraúna e tem por objeto a prestação de serviços junto à secretaria de Administração do município.

A operação Pés de Barro

A operação tem como base um acordo de colaboração premiada. O colaborador disse à Polícia Federal que teria sido pressionado a pagar propinas que variavam entre 10% e 5%. As vantagens ilícitas, de acordo com a Polícia Federal, viriam de suposto superfaturamento das obras da Adutora de Capivara. O sistema adutor deve se estender do município de São José do Rio do Peixe-PB ao município de Uiraúna-PB, no Sertão da Paraíba.

As obras contratadas, inicialmente, pelo montante de R$ 24,8 milhões já teriam permitido, de acordo com as investigações, a distribuição de propinas no valor R$ 1,2 milhão. Além do prefeito João Bosco, o deputado federal Wilson Santiago (PTB) também é alvo da investigação.

Imagem

João Paulo

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