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COTIDIANO

Presidente Cristina está bem após cirurgia

As informações foram divulgadas pelo porta-voz da Presidência, Alfredo Scoccimarro, que agradeceu ainda o apoio do povo argentino.

Publicado em 05/01/2012 às 8:00


O governo argentino confirmou que a cirurgia da presidente Cristina Kirchner para a retirada de um tumor na glândula tireoide foi bem sucedida e ocorreu sem qualquer incoveniente. De acordo com o comunicado do governo, a cirurgia se realizou sem nenhum inconveniente ou complicações e a cirurgia durou três horas e meia, como estava previsto. As informações foram divulgadas pelo porta-voz da Presidência, Alfredo Scoccimarro, que agradeceu ainda o apoio do povo argentino.

Desde a noite anterior ao procedimento no Hospital Austral, simpatizantes faziam fila em frente ao local, com cartazes dizendo “Força Cristina”.

A presidente chegou de helicóptero ao hospital localizado na região metropolitana de Buenos Aires, para a retirada de um câncer na glândula tireóide. O tumor foi diagnosticado em dezembro.

A mandatária saiu da residência oficial argentina, em Olivos, e deu entrada no hospital sem passar pela portaria do centro de saúde, onde partidários faziam vigília.

Cristina Kirchner deve permanecer internada durante 72 horas no Hospital Austral. As chances de cura do carcinoma papilar são grandes, segundo os médicos, mas a presidente terá que ficar de repouso até o próximo dia 24. Seu vice, Amado Boudou, presidirá o país enquanto ela estiver se recuperando.

Reeleita com 54% dos votos, em outubro passado, Cristina iniciou seu segundo mandato anunciando a redução de subsídios e enfrentando reivindicações sindicais. Mas o anúncio da doença da presidente acalmou a oposição.

“Ninguém vai criticá-la agora porque ninguém quer ser acusado de agredir uma mulher doente”, disse psicólogo Ivan Locatelli, que nas eleições presidenciais votou na oposição. “Tenho medo que o governo acabe tirando proveito político da situação, como fez com a morte de Nestor”, disse.

O ex-presidente e marido de Cristina Kirchner morreu há pouco mais de um ano, mas é lembrado com frequência, tanto pela presidente como por seus simpatizantes. Entre eles, a líder das Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini. Nestor e Cristina Kirchner conquistaram o apoio das organizações de direitos humanos ao revogarem as leis de anistia e reabrirem centenas de processos contra militares, acusados de tortura e assassinato durante a ditadura (1976-1983).

Ao saber da doença da presidente, Hebe divulgou uma carta aberta a Cristina, onde diz que “a vida te pede outra vez uma prova, e você nos demonstra que vai vencer essa pequena glândula como venceu as eleições de 2007 e 2011”.

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Jornal da Paraíba

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