Preso acusado de triplo homicídio no litoral sul

Em uma coletiva realizada na tarde de ontem, em João Pessoa, a polícia revelou ter prendido um dos principais suspeitos de ter cometido o assassinato dos três finlandeses.

O inquérito ainda não foi concluído, mas o delegado que investiga o caso, Rodolfo Santa Cruz, acredita que os autores do triplo homicídio tenham sido o mecânico Constantino Alexandre da Silva, de 58 anos, e o sócio dele, Francisco das Chagas Vasconcelos Lima, de 51 anos.

Francisco das Chagas, conhecido por Vasco, foi preso no final da manhã de ontem. Com ele, a polícia apreendeu uma moto, de propriedade do acusado, e 10 cartões de créditos que pertenciam às vítimas. “Vamos esperar a conclusão do inquérito, mas acredito que eles sejam os autores do crime, que foi motivado por conotação patrimonial, já que os acusados disseram em depoimento ser proprietários da casa das vítimas”, afirmou o delegado. A polícia acredita que as vítimas foram executadas dentro da casa, na manhã da quarta ou quinta-feira passadas, e, em seguida os corpos foram ‘desovados’ no canavial, sendo transportados em uma Land Rover, de cor verde, que foi apreendida. Os corpos foram achados na última sexta-feira.

O delegado revelou ainda que os acusados teriam vendido três terrenos pertencentes a Pasi Kalervo Kaartinen, 71 anos, e não teriam repassado o dinheiro ao proprietário. De acordo com o delegado, os dois acusados entraram em contradição durante os depoimentos e não mostraram o documento que prova a compra da casa, que ainda está em nome do finlandês. “Eles revelaram ter comprado a casa por R$ 290 mil à vista, mas sabemos que pelas condições financeiras deles não teriam condições de comprar um imóvel desse porte, que está avaliado em R$ 700 mil”, explicou Rodolfo Santa Cruz.

O juiz da comarca de Mamanguape expediu mandados de prisão temporária contra os acusados. Segundo as investigações, Francisco é sócio do mecânico em uma pastelaria, na cidade de Jacumã. O outro acusado foi ouvido pela polícia na madrugada do último sábado e foi liberado por falta de provas. O mandado de prisão contra ele foi expedido no último domingo. Mas, o mecânico está foragido.

A polícia aguarda autorização do consulado brasileiro da Finlândia, em Brasília, para fazer o translado dos corpos, que ainda permanecem na Gerência de Medicina e Odontologia Legal.