COTIDIANO
Preso por golpes milionários
Estelionatário preso nos bancários nesta terça-feira (3) é suspeito de aplicar golpes contra bancos em vários estados.
Publicado em 04/01/2012 às 6:30
Foi preso na manhã de ontem, no bairro dos Bancários, em João Pessoa, um homem considerado pela polícia da Paraíba como sendo o maior estelionatário da região Nordeste. A suspeita da Polícia Civil é de que José Felinto Furtado, de 52 anos, tenha montado um esquema fraudulento com o qual chegou a aplicar golpes de aproximadamente R$ 1 milhão. Os valores seriam desviados para contas do Estados Unidos e o suspeito teria apoio de um filho, que reside naquele país.
A prisão aconteceu em uma ação integrada entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Nacional de Trânsito (Detran-PB) e a princípio seria para cumprir um mandado de prisão e busca e apreensão, referente à falsificação de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs).
Entretanto, as equipes policiais encontraram no veículo do suspeito e em sua residência carimbos da Receita Estadual dos Estados de Alagoas, Pernambuco e Minas Gerais, grande número de documentos falsos e extratos bancários.
Para aplicar golpes e conseguir empréstimos em bancos, o estelionatário apresentava documentos de uma suposta empresa de importação e exportação de couro. De posse de comprovantes de renda e escrituras falsificadas, o suspeito conseguia empréstimos nas instituições financeiras. Conforme a inspetora da PRF, Keilla Melo, contra o estelionatário já existe uma ação judicial do Banco Rural referente a um empréstimo no valor de R$ 300 mil que nunca foi pago.
Os empresários também teriam sido vítimas dos golpes aplicados pelo suspeito. Segundo a polícia, José Felinto Furtado efetuava a venda de couro e para ganhar a segurança de suas vítimas apresentava documentos de uma empresa legalizada, inclusive com numeração referente ao CNPJ. Para provar a licitude da transação e a entrega da mercadoria, o suspeito falsificava também comprovantes refentes à embarcação da mercadoria com carimbos da Receita Estadual de Pernambuco, Alagoas e Minas Gerais.
“Os valores desses crimes eram transferidos para uma conta nos Estados Unidos, caracterizando uma remessa ilegal de divisas que não era comunicada à Receita Estadual. Possivelmente, era um esquema de lavagem de dinheiro,” explicou Keilla Melo.
Na residência de José Felinto a polícia encontrou um envelope enviado por um remetente dos Estados Unidos com etiquetas de marcas mundialmente conhecidas. “Ele colocava essas etiquetas em roupas falsificadas e revendia”, explicou Keilla.
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