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COTIDIANO

Preso suspeito de matar companheira e enteada a facadas em JP

Juvanildo Marculino dos Santos estava desorientado e desidratado no momento que foi preso. Ele admitiu o crime, mas negou que era apaixonado pela adolescente.

Publicado em 05/10/2015 às 7:40

O suspeito de matar a facadas a companheira e a enteada, no bairro do Grotão, em João Pessoa, foi preso na noite do domingo (4). Juvanildo Marculino dos Santos, de 49 anos, foi encontrado desidratado em carro entre os bairros Esplanada e João Paulo II e foi levado pela Polícia Militar para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro do Valentina. Ele admitiu o crime, mas negou que tenha agido por ter uma paixão reprimida pela enteada, Vitória Querem Oliveira Sousa, de 15 anos, tese levantada pela Polícia Civil.

“Eu amava ela como uma filha”, disse Juvanildo Marculino sobre a relação com Vitória. A declaração foi dada quando ele deixava a UPA para ser levado à Central de Polícia de João Pessoa, na manhã desta segunda-feira (5). O suspeito justificou o crime dizendo que estava sob efeitos de medicamentos para pressão, que ele disse tomar há 30 anos. “Eu já pedi perdão a Deus por isso”, afirmou.

Os corpos de Cláudia Bernardino dos Santos, 44 anos, e de Vitoria Querem Oliveira Sousa, 15 anos, foram encontrados na quinta-feira (1º) pela filha mais velha da mulher. Kaliane foi até a casa onde a mãe vivia com o companheiro depois de, por volta de 1h30, receber uma ligação da filha de Juvanildo avisando que o pai tinha matado as duas. Elas estavam no quarto onde a adolescente dormia.

De acordo com a polícia, o suspeito foi encaminhado para a UPA em uma viatura . A administração da unidade de saúde informou que ele chegou desorientado e desidratado e por isso precisou ficar em observação até o início da manhã desta segunda-feira, quando foi levado para a Central de Polícia. Ele estaria há cinco dias sem comer, estava apenas tomando água.

Ainda segundo a polícia, após ser preso, Juvanildo Marcolino confessou o crime e disse que estava arrependido.

Segundo o delegado de homicídios Reinaldo Nóbrega, o crime foi passional e premeditado. A investigação aponta que Juvanildo nutria uma paixão não correspondida pela enteada e que isso motivou o duplo assassinato. "Ela (Vitória) já tinha saído de casa e estava morando com uma tia, mas no dia, infelizmente, ela veio ver a mãe e dormiu na casa. Ele, como não tinha ela ao seu lado, decidiu matá-la". O delegado disse que a mãe ouviu os gritos da filha e correu até o quarto da menina para ver o que estava acontecendo e foi morta também.

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Jornal da Paraíba

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