COTIDIANO
Projeto quer proibir modelos magras demais em desfiles e publicidades
projeto do senador Gerson Camata (PMDB-ES) quer impedir a presença de modelos com IMC inferior a 18 em passarelas e propagandas.
Publicado em 06/11/2008 às 10:16
Karoline Zilah
Com informações da Agência Senado
Modelos muito magras que trabalham em mensagens publicitárias e desfiles de moda podem estar com os dias contados. É que um projeto do senador Gerson Camata (PMDB-ES) quer impedir a presença nestes tipos de trabalho de profissionais que estejam com o porte físico comprometido em virtude da magreza excessiva, ficando proibida a exibição pública de modelos com Índice de Massa Corporal (IMC) inferior a 18.
O projeto foi aprovado na Comissão de Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) e, caso seja aprovada definitivamente, poderá multar infratores com os valores de R$ 1 mil a R$ 5 milhões. Promotores de eventos e seus patrocinadores, as agências e recrutadores, bem como os órgãos de comunicação que veicularem as imagens que desobedecerem a lei poderá responder pelo delito. A matéria agora será examinada na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde receberá decisão terminativa.
De acordo com a agência Senado, a senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) disse que a proposta representa uma “ação de solidariedade" à juventude do país. Segundo ela, os padrões de beleza difundidos contribuem para a valorização social da anorexia nervosa, transtorno psicológico que leva suas vítimas a rejeitarem alimentos, na busca "desenfreada" por um corpo cada vez mais magro. As mulheres adolescentes estariam mais expostas, já que seriam mais vulneráveis à opinião de grupos, em período de grandes transformações físicas e de inseguranças.
A proposta foi apresentada pelo senador Gerson Camata meses depois da morte da modelo Ana Carolina Reston Macan, aos 21 anos, em 2006, por complicações decorrentes da anorexia - distúrbio que a deixou, em uma época de sua vida, com apenas 42 quilos, apesar de ter 1,70m de altura. Foi essa morte que, conforme o senador, despertou a atenção das autoridades e da sociedade para "a necessidade de uma revisão crítica das exigências do mundo da moda".
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