COTIDIANO
Psiquiatra diz que Suzane von Richthofen seduz e finge
Parte dos especialistas acha que a ré tem problemas mentais. Em outubro, juíza negou benefício do regime semiaberto à jovem.
Publicado em 30/11/2009 às 6:55
Do G1
Médicos, psicólogos e assistentes sociais tentam descobrir a seguinte resposta: Suzane Richthofen, a jovem que participou do assassinato dos pais, em 2002, é uma pessoa fingida, dissimulada? Ou está realmente arrependida do que fez? Para a Justiça, ela ainda não está recuperada e não deve sair da cadeia. Os especialistas têm opiniões divergentes.
O que pensa Suzane Richthofen, sete anos depois de ter participado da morte dos pais? Especialistas em desvendar a mente humana tiveram que encontrar uma resposta. Durante entrevistas com dois psiquiatras, dois psicólogos e uma assistente social, a jovem pediu uma segunda chance e disse que não vai voltar a aceitar propostas erradas.
O psicólogo e professor de criminologia da USP Alvino Augusto de Sá foi designado pela Justiça para acompanhar os depoimentos. “Na entrevista, ela se mostra arrependida, que foi realmente uma grande desgraça que se abateu sobre a vida dela, sobre a vida dos pais dela”.
Exame
A ex-estudante de direito, que está presa na cadeia feminina de Tremembé, no interior de São Paulo, já cumpriu pouco mais de seis anos - um sexto da pena. Assim, teria direito ao regime semiaberto, no qual o preso sai da cadeia durante o dia para trabalhar e só volta à noite.
Antes de tomar uma decisão, a Justiça exigiu o chamado exame criminológico, que incluiu, além de entrevistas com a jovem, uma série de testes psicológicos e psiquiátricos. “Há certas características de personalidade que não mudam, como, por exemplo, se a pessoa é agressiva, se a pessoa tem um conflito psicológico muito profundo de relação com os pais”, explica o psicólogo.
Em Tremembé desde 2007, Suzane tem 26 anos, frequenta cultos evangélicos. Trabalha na oficina de costura da cadeia, pega livros com frequência na biblioteca e fuma cerca de 15 cigarros por dia. Os funcionários a consideram uma presa exemplar.
Leia mais no G1 sobre o abuso de drogas e as opiniões divergentes sobre o caso.
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