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COTIDIANO

Punk é condenado a 27 anos e seis meses de prisão por morte de francês

Assassinato aconteceu em São Paulo após a Parada Gay de 2007. O punk Genésio Mariuzzi Filho, de 25 anos, confessou o crime.

Publicado em 14/11/2008 às 8:11

Do G1

O punk Genésio Mariuzzi Filho, de 25 anos, apelidado de Antrax, foi condenado na madrugada desta sexta-feira (14) a 27 anos e seis meses de reclusão em regime fechado, pela morte do turista francês Gregor Erwan Landouar.

Antes de conhecer a sentença, após pouco mais de nove horas de julgamento, Mariuzzi confessou perante o júri ter desferido a facada que matou o turista. O caso ocorreu no dia 10 de junho de 2007, após a Parada Gay, na Avenida Paulista. "Confessei (o homicídio), porque fui eu mesmo", afirmou, quando foi inquirido pelo juiz Luiz Rogério Monteiro de Oliveira.

O réu foi a sétima e última pessoa a falar no julgamento realizado no 1° Tribunal do Júri de São Paulo, no Fórum da Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista. A defesa do punk não informou se irá recorrer da decisão.

No julgamento, que começou por volta das 15h de quinta-feira (13) e terminou à 0h20 desta sexta, ele respondeu pelo homicídio contra o francês e pela agressão contra outro homem, ocorrida em 20 de maio de 2007 na Avenida Paulista.

Antes do acusado falar, prestaram depoimento os delegados Antônio Carlos Cândido de Araújo e Margarete Barreto, que cuidaram do inquérito. Em seguida, falou a vítima da agressão, Maikon Wilson Ferreira Nascimento, que reconheceu o réu como seu agressor e que narrou como levou sete facadas na ocasião.

Também foram interrogadas testemunhas que presenciaram o crime, sendo alguns deles amigos do próprio suspeito.

Agressão

Sobre a acusação de agressão contra Maikon, o réu negou o crime. "Estão querendo me empurrar mais um BO (boletim de ocorrência). Quando confessei (durante o inquérito), era tudo eu", afirmou, referindo-se à série de acusações de crimes raciais e de roubos que supostamente teria pesado sobre ele na época em que foi detido.

O réu negou diante do júri que é racista ou que tenha preconceito contra homossexuais. Ele afirmou ainda não ter cometido assaltos na mesma data do assassinato.

No entanto, ao ser questionado pelo promotor Maurício Antônio Ribeiro Lopes, admitiu ter uma página no Orkut com mensagens contra os gays. "É uma provocação aos anarcopunks", disse, tentando explicar uma suposta rivalidade entre punks e anarcopunks. Além disso, uma das testemunhas, amigo do réu, confirmou que ele teria cometido roubos, sim, mas que o fez apenas "se impondo"; ou seja, falando alto e ameaçando a vítima.

'Besteira'

Genésio classificou o próprio crime "como uma besteira" que acabou cometendo. Segundo o réu, teria sido a primeira vez que ele atacou uma pessoa com uma faca. "Tive o azar de ele (a vítima) ser francês. Repercutiu na mídia. Foi a única vez que esfaqueei alguém", disse.

Genésio contou que comprou a faca de cozinha em um supermercado da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio antes de se encontrar, por volta das 16 horas do dia 10 de junho, data da realização da Parada Gay na Avenida Paulista em 2007, com outros quatro amigos, todos pertencentes a uma tribo punk denominada "Vingança Punk".

Ele disse ainda que levava a faca em uma mochila e que chegou a exibi-la para os amigos. "Cheguei antes deles e comprei a faca. A gente utiliza (a faca) como meio de intimidar um ao outro, entre nós mesmos. Foi uma estupidez", disse.

Sobre o crime, ele disse que quando passava pela rua avistou dois casais gays "agarrados, se masturbando" próximo a um bar nos Jardins, na região da Paulista. Segundo ele, o turista francês teria empurrado o parceiro e ido para cima dele. Em seguida, desferiu o golpe certeiro, que matou da vítima.

Ao terminar o seu depoimento, o réu afirmou: "eu não sou psicopata, não sou frio, não sou calculista".

Vítima de agressão

Maikon, a vítima de agressão na Avenida Paulista, foi categórico diante dos jurados ao ser questionado sobre se o seu agressor era o rapaz sentado à sua direita no banco dos réus. "Perfeitamente. Sem dúvida alguma, foi ele. O que caracteriza ele é o pescoço largo e o porte físico. Só cabelo que era diferente", disse.

Maikon contou que caminhou até a Rua Augusta em busca de socorro, mas que precisou se atirar na frente dos carros na Paulista para que alguém o ajudasse. A testemunha alegou que é heterossexual e que foi atacado por quatro pessoas, dois rapazes e duas moças, na ocasião.

"Não disseram nada. Apenas vieram para cima e começaram a me agredir. Consegui derrubar um deles, mas veio o outro. Me derrubaram. No meio da briga, eu vi a faca na mão dele. Foram sete facadas", disse, exibindo as marcas pelo corpo.

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Jornal da Paraíba

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