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COTIDIANO

Quadrilha que comercializava animais pela internet atuava na PB

Operação da Polícia Federal em parceria com o Ibama prendeu casal acusado de chefiar a venda de animais através de um site na internet. Quadilha atuava em mais seis estados.

Publicado em 10/08/2011 às 14:40

Da Redação
Com G1


Uma quadrilha que vendia animais silvestres ilegalmente pela internet tinham ramificações na Paraíba. Nesta quarta-feira (10), uma operação da Polícia Federal em parceria com o Ibama desarticulou a ação criminosa, que atuava com criadouros dos bichos, além de na Paraíba, em mais seis estados: Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Ceará. Um casal, acusado de chefiar a quadrilha, foi preso no Paraná.

No total, 150 policiais federais e 106 fiscais do Ibama participam da Operação Arapongas. Eles têm seis mandados de prisão e 25 de busca e apreensão para cumprir na Paraíba e nos outros seis estados. O casal acusado de ser responsável pelo site que negociava os animais foi preso em Arapongas, Norte do Paraná. Até as 10h, ainda não havia informações sobre o cumprimento de outros mandados de prisão dos outros mandados de prisão.

O delegado Elvis Secco, da PF do Paraná, explicou que o casal é suspeito de comandar, durante ao menos três anos, um site onde os animais eram comercializados. Na página, animais silvestres da fauna brasileira e de vários países, inclusive ameaçados de extinção, eram negociados, havendo até promoções.

A sede da quadrilha funcionava no Paraná, onde foram encontrados 30 bichos. Nos outros estados funcionavam criadouros dos animais que eram comercializados pela internet. Quando a compra era feita, os animais eram enviados para o Paraná, de onde eram encaminhados para o comprador.

A reportagem do Paraíba1 entrou em contato com o Ibama na Paraíba para tentar saber detalhes sobre a atuação da quadrilha no Estado, mas, segundo a assessoria, a sede estadual ainda não tinha informações sobre a operação. A secretária do superintendente do Ibama, Ronílson Paz, informou que apenas o superintendente poderia passar alguma informação sobre o caso, mas que ele estava em viagem de trabalho. A reportagem ainda tentou entrar em contato com Ronílson Paz pelo celular, mas as ligações não foram completadas.

De acordo com a PF, os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de fauna, tráfico de animais silvestres nativos, estelionato, sonegação fiscal, falsidade ideológica e biopirataria, entre outros.

Compras com parcelamento

Segundo a investigação, os animais vendidos ilegalmente eram, na maioria, silvestres, alguns em extinção, e nenhum deles possuía registro no Ibama, ao contrário do que informava o site.

"O parcelamento era oferecido em até 18 vezes. O casal de jovens preso no Paraná comandava todo o esquema. Eles chefiavam todas as entregas aqui e os outros envolvidos nos outros lugares eram os fornecedores, que davam conta de enviar os animais, que eram retirados da natureza", contou.

Secco disse ainda que a maioria dos fornecedores tinham alguma ligação com clínicas e entidades protetoras de animais. Os presos vão responder por falsidade ideológica, formação de quadrilha, crime contra a fauna, estelionato e sonegação de impostos. A investigação durou um ano, segundo a Polícia Federal.

Atualizada às 17h05.

Imagem

Jornal da Paraíba

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