COTIDIANO
Ranielle critica postura de atletas do Campinense após empate contra o Treze: "Precisam assumir responsabilidades"
Técnico argumenta que, após a eliminação precoce na Copa do Nordeste, é obrigação da Raposa chegar à decisão do estadual. Mas ele entende que, para isso, o time precisa mudar a postura.
Publicado em 14/03/2022 às 14:26
"Se assumir como grupo". Essa é a chave que o técnico Ranielle Ribeiro enxerga como primordial para que a Raposa consiga alcançar as metas estipuladas para a temporada de 2022. Para o comandante, a equipe não ter aproveitado as chances criadas contra o Galo no primeiro tempo — quando, para ele, a equipe teve um amplo domínio — foi a prova de que é necessário que seus comandados assumam a responsabilidade de encarar jogos difíceis para sair com os três pontos na bagagem.
"O resultado foi justo em parte. Quando digo isso é porque a nossa equipe precisa se assumir como grupo, para chegar em um jogo desse e sair com os três pontos. Com todo o respeito que todo mundo sabe que nutro pelo Treze, mas o jogo como se desenhou no primeiro tempo... a nossa equipe teria a obrigação de ter saído com a vitória. Mas o grupo precisa assumir responsabilidades de enfrentar jogos difíceis, independentemente de quem seja, fazer um jogo que o credencie à vitória, o que não fizemos hoje" avaliou.
O torcedor raposeiro que esteve nas arquibancadas do Estádio Amigão no domingo esperava ver uma postura diferente da equipe, principalmente após a eliminação matemática do time no Nordestão, na última quinta-feira. E as vaias e os protestos após o fim dos 90 minutos do Clássico dos Maiorais contra o Treze por si só mostraram a insatisfação com o futebol apresentado pelos atletas rubro-negros.
Segundo Ranielle Ribeiro, ele e sua comissão técnica têm buscado alterar o padrão de jogo da equipe, alertando ainda que é necessário seus atletas mudarem o comportamento apresentado nos últimos jogos. De acordo com o técnico, se nada mudar, será difícil chegar à final do Campeonato Paraibano, o que ele entende como sendo obrigação do time.
"Tenho tentado mudar a questão tática e sempre digo aos atletas, principalmente aos da linha de frente: aproveitem as oportunidades que vocês estão tendo, porque depois não adianta chorar o leite derramado. Temos que ter noção que estamos no Campinense, prestes a disputar uma Série C. Nós saímos da Copa do Nordeste de uma forma que não deveríamos ter saído, então neste Paraibano é obrigação chegarmos onde temos que chegar, que é na disputa pelo título, mas com esse comportamento vai ser difícil. Temos que mudar, assumir o jogo e nos responsabilizarmos pelo que acontece na partida. Eles (os jogadores) não estariam sendo cobrados se não tivessem capacidade. A diretoria tem feito o possível para tudo funcionar, mas o que está faltando é nós, enquanto equipe, darmos a resposta que o torcedor merece" afirmou.
Assim como aconteceu nos últimos jogos, o setor ofensivo do Campinense foi, em grande parte do clássico, ineficiente. Os mais criticados pelo torcedor foram os atacantes Matheus Régis e Alan Francisco, que ficaram presos no esquema defensivo do Treze. Os jogadores foram substituídos por Claudio e Juninho Potiguar no intervalo, e, após o confronto, Ranielle teceu as suas considerações sobre o rendimento do time após as mudanças no ataque.
"Com todo o respeito que tenho ao Matheus e ao Alan, mas qualquer um que entrasse e desenvolvesse algo já seria melhor que os dois. Por isso foram sacados na segunda etapa, estavam muito abaixo daquilo que podem desenvolver e, claro, com a entrada dos outros dois atletas, houve uma melhora, mas não surtiu o efeito que nós queríamos, que era a construção da vitória com jogadas em gol. Não posso, claro, descredenciar a defesa do Treze. Eles vieram para jogar de forma reativa, jogar na espera, e fizeram uma marcação muito equilibrada em sua linha defensiva" pontuou.
O Campinense se reapresenta na tarde desta segunda-feira no Estádio Renatão, onde inicia a preparação para mais um Clássico dos Maiorais, este que acontecerá na próxima quarta-feira, também no Amigão. Trabalharão no gramado os jogadores que atuaram por 45 minutos ou menos contra o Treze, enquanto que os que jogaram mais de 45 minutos farão um trabalho regenerativo na academia do clube.
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