COTIDIANO
Rebeliões do Roger e PB1 são contidas após 18 horas
Briga entre facções teria sido motivo do tumulto. Detento está em estado gravíssimo no Trauma.
Publicado em 30/05/2012 às 16:36
De acordo com ouvidor da Secretaria de Administeração Penitenciária (Seap), Iran Alves, desde as 8h da manhã desta quarta-feira (30) que a situação no Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Romeu Gonçalves de Abrantes em João Pessoa, os PB1 e PB2, está controlada. No caso do presídio Flósculo da Nóbrega, o Roger, somente após às 13h os presos foram agrupados no pátio e uma vistoria foi iniciada pela polícia por todo o prédio, de acordo com a assessoria da Seap.
Segundo Iran Alves, parte dos prédios do PB1 e PB2 foi destruída. Mas, de acordo com o tenente-coronel Arnaldo Sobrinho, gerente executivo do Sistema Penitenciário da Paraíba, há uma ala do complexo do PB1 que, tendo a segurança reforçada, pode abrigar os presos das alas destruídas.
Feridos
Por volta das 9h, o comandante Lívio do 5° BPM informou que um detento havia sido ferido gravemente na rebelião do PB2. O presidiário foi socorrido pelo Samu e levado para o Hospital de Emergência e Trauma. Segundo informações do hospital passadas às 13h30 desta quarta, o preso foi ferido na cabeça e está em estado gravíssimo.
No caso do presídio do Roger, a assessoria da secretaria informou que não houve feridos graves ou mortos. Por conta disso não houve a necessidade da entrada do Samu.
Motivos
No fim da manhã, o presidente da Ordem dos Advogados (OAB) do Brasil, seccional Paraíba, Odon Bezerra, afirmou que entrou em contato com os rebelados e eles apontaram dois possíveis motivos para os tumultos registrados nos presídios.
Odon disse que os presidiários falaram que a briga entre duas facções criminosas deu início ao tumulto. Uma outra causa apontada pelo advogado, foi o atraso nos processos penais.
Tiros no presídio
De acordo com Josenildo Porto, diretor da Flósculo da Nóbrega, tiros foram disparados para que os detentos descessem do teto do presídio, mas que foram usadas armas não letais. No PB1, o tenente-coronel Arnaldo informou que duas bananas de dinamite foram encontradas durante um pente-fino.
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