COTIDIANO
"Região não tolera mais ditadores"
Publicado em 21/10/2011 às 6:30
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Em discurso na Casa Branca na tarde de ontem, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que a morte de Muammar Khadafi mostra que a região imersa em revoltas desde o início do ano não aceita mais os governos ditatoriais de "mão de ferro" e que um "capítulo doloroso" da história da Líbia se encerrou ontem.
Comentando a ação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que iniciou uma polêmica intervenção militar no país em março, Obama disse que a aliança não ficou imóvel após o ditador ter começado sua campanha "de cidade em cidade, casa a casa" e teve papel decisivo na defesa dos civis.
O presidente afirmou ainda que os "líderes [da região do Norte da África e Oriente Médio] que negarem a dignidade humana" as suas populações "serão derrotados". Embora tenham reiterado que a meta no país não era a captura do ditador, algo que não estava incluso nas resoluções das Nações Unidas que aprovaram a missão da Otan, as potências ocidentais deixaram transparecer nos últimos meses que persistiriam até que o país estivesse totalmente livre do ex-ditador.
Na mesma linha, Obama disse que com a morte de Khadafi a Líbia está "totalmente livre" e a missão da Otan "atingiu seus objetivos e deve logo chegar ao seu fim".
Cobrando uma transição democrática, Obama disse que o povo líbio tem agora uma importante e difícil jornada rumo à construção de um novo país.
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