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COTIDIANO

RETRO2016/Cauby Peixoto

Publicado em 09/12/2016 às 9:16 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:49

Em 2016, o Brasil perdeu um dos seus maiores cantores. Cauby Peixoto morreu no dia 15 de maio.

Segue o texto que publiquei na edição online do JORNAL DA PARAÍBA.


				
					RETRO2016/Cauby Peixoto

Perdemos Cauby Peixoto. O intérprete de “Conceição” morreu em São Paulo. Tinha 85 anos, 65 de carreira. Poucos experimentam o privilégio de trajetória tão extensa e íntegra.

Nascido em Niterói numa família de músicos, Cauby vem de longe. Da época em que os artistas brilhavam no rádio, cantando ao vivo. Suas gravações na Columbia, na década de 1950, já revelavam uma grande voz. O samba-canção “Conceição” é daquele tempo. Tornou-se obrigatório nos shows do cantor.

Claro que Cauby não era roqueiro, mas foi ele que gravou o primeiro rock cantado em português, “Rock and Roll em Copacabana”. Mudou de nome (Ron Coby) quando tentou carreira nos Estados Unidos. Gravou e fez cinema lá, mas não ficou. Dizia que sentiu saudade do Brasil.

Cantava como poucos. Tinha um registro vocal grave, um dos mais belos da música popular que o Brasil produziu. Sua versatilidade era impressionante. Ia do samba ao jazz, do bolero ao rock, do tango às baladas românticas com uma intimidade invejável. Brincava com a voz, fazia scat como só os grandes do jazz costumam fazer.

Gravou muito, enfrentou um período de declínio, ressurgiu cantando “Bastidores”, de Chico Buarque. “Cantei, cantei/jamais cantei tão lindo assim”- Cauby, literalmente, tomou para si a canção de Chico!

Nos últimos anos (entre 2009 e 2015), lançou nove CDs, como se tivesse a consciência do fim próximo. Quase todos temáticos: Roberto Carlos, Frank Sinatra, Beatles, Nat King Cole, Bossa Nova. O canto estava mais contido, menos ousado, mas continuava irresistível.

Perdemos Cauby Peixoto, mas não o privilégio de ouvi-lo. Cauby! Cauby!

Imagem

Silvio Osias

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