COTIDIANO
Rodovia no Paraná concentra 67% das apreensões de maconha no país
Trecho crítico da BR-277 fica entre Foz do Iguaçu e Cascavel. Neste ano, PRF apreendeu 12,6 toneladas da droga a mais que em 2009.
Publicado em 30/08/2010 às 10:32
Do G1
O trecho da BR-277 entre Foz do Iguaçu (PR) e Cascavel (PR) concentrou 67% das apreensões de maconha realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) neste ano. A rodovia é uma das principais rotas para a entrada de drogas no país e é considerada um dos pontos mais críticos pela fiscalização. Das mais de 64 toneladas de maconha apreendidas entre janeiro e agosto deste ano em todo o país, 43 toneladas foram recolhidas em Cascavel e Foz.
“As apreensões da Polícia Rodoviária Federal se concentram nesse eixo da BR-277. Já houve épocas em que ocorriam mais apreensões em estradas de Mato Grosso do Sul, mas ultimamente essa região se confirmou como o local preferido dos traficantes”, afirmou Ricardo Schneider, chefe da Delegacia de Foz do Iguaçu da PRF.
O inspetor Gilson Cortiano, chefe de policiamento e fiscalização da PRF no Paraná, explica que a maconha é a principal droga apreendida no estado e também em Mato Grosso do Sul e aponta como motivo a proximidade com o Paraguai, país onde a droga seria produzida.
“De maio a setembro é a época da safra da maconha paraguaia, então a incidência de apreensões é maior. Contudo, como a repressão é maior no período, parte da maconha é estocada e distribuída também em outras épocas do ano”, disse.
Já em Mato Grosso, segundo Cortiano, as maiores apreensões são de cocaína em função da proximidade com a Bolívia. “Há também apreensão de maconha, mas lá acontece principalmente o combate ao trabalho formiguinha, de pequenas quantidades, que está presente no tráfico da cocaína.”
Apenas uma pequena parte do total de maconha que entra no país via Paraná permanece no estado. A maior quantidade segue para o Sudeste, onde abastece quadrilhas que atuam principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. “A BR-277 é o grande corredor que dá acesso fácil a essas Regiões Metropolitanas, que são os maiores mercados consumidores”, afirmou Schneider.
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