COTIDIANO
Saiba quais são as diferenças entre vacinas contra Covid-19
Médico explicou a diferença entre as vacinas Coronavac, AstraZeneca e Pfizer.
Publicado em 09/06/2021 às 11:08 | Atualizado em 09/06/2021 às 14:42
Com a expansão da campanha de vacinação contra a Covid-19 e a consequente chegada de novos tipos de vacina, muitas pessoas têm ficado com medo de tomar uma vacina ou outra, seja por causa da reação ou por acreditar que determinado imunizante é mais eficaz do que outro.
O secretário executivo de saúde da Paraíba, Daniel Beltrammi, explica que todas as três vacinas que são aplicadas atualmente no estado, Coronavac, AstraZeneca e Pfizer, têm grande eficácia contra o coronavírus e que independente do fabricante, é importante se vacinar e completar a imunização no período correto.
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Em entrevista à TV Cabo Branco, Beltrammi explicou a diferença entre os tipos de vacina e falou ainda sobre o que acontece com o corpo humano quando toma a segunda dose de qualquer um dos imunizantes.
Diferenças entre os tipos de vacinas contra a Covid-19
De acordo com Daniel Beltrammi, a diferença entre as vacinas é basicamente na forma em que elas são produzidas e como agem no organismo com o objetivo de adquirir imunidade contra o vírus.
Coronavac
A vacina Coronavac é um um imunizante produzido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo.
“Este é um tipo de vacina que a gente chama de ‘mãe das vacinas’. Nela pega-se um vírus inteiro, cultiva-se dentro de um ovo de galinha e depois filtra, como se estivesse pasteurizando um leite. Depois de limpo e filtrado, incapaz de se replicar e de causar doença, oferece-se este vírus inteiro ao organismo, que aprende como é a Covid-19. É como se o corpo soubesse o que é o olho da Covid, a orelha da Covid, o braço da Covid, o corpo da Covid. Quando a pessoa é infectada, o organismo reconhece o vírus e ataca. É uma vacina de uma geração mais antiga, que vários institutos já têm experiência em fazer”, disse o secretário.
AstraZeneca
A vacina AstraZeneca é um imunizante produzido pelo Instituto Osvaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, em parceria com o laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford, no Reino Unido.
“Ela utiliza outra metodologia. Nessa vacina, pega-se um pedaço do coronavírus e coloca ele em uma espécie de transportador, que é um vírus não replicante. No caso da AstraZeneca, é um vírus de chimpanzé, que causa a gripe no chimpanzé, mas não afeta os seres humanos, não faz mal. Quando o organismo ataca este vírus da vacina, ele encontra um pedacinho do coronavírus lá e aprende o código genético dele. Se a pessoa for infectada, ele reconhece e ataca”, diz.
Pfizer
A vacina da Pfizer é feita por meio de uma parceria entre três laboratórios, o alemão BioNTech, a Fosun Pharma, da China, e a norte-americana Pfizer.
“Esta é uma vacina de RNA mensageiro, que é uma espécie de receita de bolo. O organismo da gente aprende esta receita e consegue fabricar pedacinhos da proteína S, que é a proteína da coroa do coronavírus. Neste caso, quando aparece um coronavírus com esta proteína, na infecção, o organismo é capaz de identificar e se proteger”, explica.
O que acontece após tomar a segunda dose da vacina
Segundo o secretário, os efeitos de proteção desencadeados pelas vacinas começam a aparecer após 14 dias da segunda dose.
“Nosso organismo adquire um nível alto de maturidade para entender quem é o agressor e como ele se defende e isso pode ser de várias formas, não só produzindo anticorpos, mas também ensinando células de defesa nossas que são como vigias, soldados, que de longe conseguem identificar o coronavírus e, além de chegar perto dele e atacá-lo, também dispara um conjunto de outras defesas”, diz.
Daniel Beltrammi também explica que a atuação da vacina é impedir a replicação do vírus. “Estas defesas não deixam o vírus ficar em número suficiente, se replicando. Um monte de vírus juntos é capaz de causar a doença, menos vírus não conseguem causar”, completa.
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