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COTIDIANO

São João deve gerar 10 mil empregos em Campina Grande

Maior São João do Mundo’, também representa trabalho e oportunidade para muitos moradores.

Publicado em 24/05/2009 às 11:25 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:39

João Paulo Medeiros
Do Jornal da Paraíba

Desde o ano de 1983, a festa de São João atrai milhares de pessoas para Campina Grande e foi através dela que o município pôde se tornar conhecido nacionalmente. Durante trinta dias de forró, a expectativa é de que mais de dois milhões de pessoas, entre campinenses e turistas vindos de outros Estados e países passem pelos 42,5 mil metros quadrados do Parque do Povo, à procura da cultura e arrasta-pé. Mas maior evento junino do país, ‘O maior São João do Mundo’, também representa trabalho e oportunidade para muitos moradores. As estimativas da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do município são de que cerca de 10 mil postos de trabalho temporários, formais e informais, sejam criados durante a festa.

Por conta da ampliação na estrutura e na divulgação do evento, os organizadores acreditam que a edição deste ano irá superar a festa de 2008, quando foram gerados 6 mil empregos. Apenas na montagem da estrutura do Parque do Povo, localizado no Centro da cidade e onde fica o maior palco do evento, mais de 50 pessoas foram contratadas formalmente por uma empresa terceirizada neste ano. Esse contingente é responsável pela montagem de 163 barracas e 92 quiosques, além da réplica da Catedral de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do município, de uma cidade cenográfica e de uma fogueira gigante.

No entanto, cada um desses estabelecimentos ocupa pelo menos duas pessoas, contratadas pelos proprietários. Ou seja, para a montagem são necessários cerca de 560 trabalhadores. Sete dias antes do início da festa, é fácil encontrar no ‘quartel-general do forró’ pessoas como o pedreiro José Clementino Araújo, de 36 anos. O movimento feito por ele para a colocação dos tijolos na construção de uma das barracas é semelhante à cadeia de empregos gerados antes e durante o evento. “Estava desempregado há três meses, e apenas aqui consegui serviço para mais de uma semana em três barracas”, lembrou satisfeito José Clementino.

Durante os trinta dias do ‘Maior São João do Mundo’, marceneiros, vendedores de milho, calçados, enfeites e utensílios típicos do período junino, costureiras, garçons, seguranças particulares, sonoplastas, forrozeiros, entregadores e vários outros profissionais irão ter, formal ou informalmente, garantido o sustento em junho. Cada bandeirola, palhoça, ou fiteiro termina sendo fonte de renda para os moradores da cidade. Um dos restaurantes instalados no Parque do Povo teve de ampliar em 25% o seu quadro de funcionários. “Nós temos 20 funcionários, mas nesse período temos que convocar mais cinco para oferecer um serviço de qualidade”, frisou o proprietário.

Os empregos gerados pelo ‘Maior São João do Mundo’ são percebidos também nos postos de trabalho do comércio, indústria, restaurantes e no setor de serviços do município. Uma semana antes do início da festa, por exemplo, mais de 80% das vagas da rede hoteleira da cidade já estavam reservadas pelos turistas. De acordo com o Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, das 2.568 vagas nos hotéis mais de duas mil foram preenchidas. Ainda conforme a entidade, as expectativas são de que o lucro e os empregos cresçam até 15%, em relação à edição do ano passado. “Vivemos este período com otimismo todos os anos, porque é uma oportunidade de ampliarmos nossos negócios e gerarmos renda para a cidade”, assinalou Divaildo Bartolomeu. Atualmente, o setor emprega cerca de três mil pessoas, mas esse número supera até quatro mil durante o mês de junho.

A Associação Comercial e Empresarial (ACCG) do município acredita na geração de pelo menos 1,2 mil vagas temporárias nos estabelecimentos comerciais da cidade. O presidente da instituição, Luiz Alberto Leite, observou que nesse período as lojas do comércio costumam ampliar o número de colaboradores, contratando os chamados ‘temporários’. “É um evento que mexe com praticamente todos os setores da economia de Campina Grande”, reforça o dirigente.

Nas lojas a maior parte das vagas é temporária, fruto de contratos firmados de até 90 dias, mas de acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-CG) do município, Tito Motta, são “uma oportunidade para muita gente, que acaba contratada pelo resto do ano, pois logo em seguida aos festejos juninos, temos o Liquida Campina, que também incrementa as vendas na cidade. Quem trabalha direito e mostra serviço ganha um emprego”, destacou. Ele também considerou que “para este ano acreditamos que haverá um crescimento dessas contratações, já que a última pesquisa do Indicador de Atividade Econômica de Campina Grande mostrou que 69% dos empresários pesquisados não pretendiam demitir funcionários no segundo semestre do ano”.

O secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Alex Azevedo, afirmou que o crescimento da festa este ano “será o fator que impulsionará a economia e a cadeia produtiva da festa. O São João é para Campina Grande um período de extrema riqueza, tanto cultural como no desenvolvimento econômico”, assinalou.

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Jornal da Paraíba

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