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COTIDIANO

Seds registra 72 assassinatos de mulheres na PB

No ano passado 146 mulheres foram vítimas de homicídio na Paraíba.

Publicado em 21/06/2012 às 8:00


A violência contra mulheres na Paraíba não escolhe classe social ou idade. Em um período de menos de 12 horas, entre a última terça-feira e madrugada de ontem, três mulheres foram assassinadas barbaramente no Estado. Conforme dados da Secretaria de Segurança e Defesa Social (Seds) este ano, 72 mulheres foram assassinadas na Paraíba. A Região Metropolitana de João Pessoa e Campina Grande lideram os números. No ano passado 146 mulheres foram vítimas de homicídio na Paraíba.

Entre as vítimas da violência assustadora está a professora da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) Briggida Rosely de Azevedo Lourenço, morta supostamente por asfixia que teria sido provocada pelo ex-marido, Gilberto Lyra Stuckert Neto, em seu apartamento no bairro Bancários, em João Pessoa.

Na manhã de ontem, o sentimento era de luto no prédio onde a professora residia e foi encontrada morta na última terça-feira.

Ainda consternados com a morte prematura, os vizinhos preferiram não comentar o crime. O corpo de Briggida Lourenço teria sido encontrado por volta das 17h, de bruços na sala do apartamento 203, do edifício Pétalas, por uma vizinha. “Era uma grande amiga e estamos traumatizados. Preferimos guardar silêncio sobre este crime”, disse o vizinho.

O suspeito do crime, Gilberto Stuckert, fugiu e até o momento não foi localizado. As informações e foto do suspeito foram disponibilizadas para todas as viaturas das Polícias Militar, Civil e Federal, além de ter sido repassada para os aeroportos de João Pessoa, Brasília e estados vizinhos.

Conforme o delegado Antônio Brayner, aproximadamente oito pessoas já prestaram depoimento sobre o crime, entre familiares e vizinhos que conviveram com o casal.

“Passamos a noite inteira trabalhando nesse caso que está evoluindo e já apresenta 85% de encaminhamento. Nenhum vizinho ouviu barulhos vindos do apartamento da vítima. No local algumas cadeiras estavam caídas, o que pode ser resultado de uma suposta luta corporal, porém a dinâmica do crime, a exemplo da hora exata da morte, será esclarecida apenas com o resultado da perícia,” explicou o delegado Antônio Brayner.

Ainda conforme o delegado, ao ser encontrado, o corpo da vítima já apresentava rigidez cadavérica, denunciando que o assassinato teria acontecido pelo menos cinco horas antes. Em uma perícia preliminar, o perito do Instituto de Polícia Científica (IPC) adiantou à Polícia Civil que a morte da professora foi provocada por asfixia. “Aguardamos agora o resultado de um exame realizado nas unhas da vítima que pode apontar vestígios de pele, forte indício de que ela teria tentado se defender,” afirmou Antônio Brayner.

Imagem

Jornal da Paraíba

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