COTIDIANO
Segunda audiência de estupro vai ouvir mais 21 pessoas
Próxima audiência está marcada para o dia 18 de junho e irá ouvir os sete acusados de 'estupro coletivo' e mais 14 testemunhas de defesa.
Publicado em 06/06/2012 às 6:00
Os sete acusados do ‘estupro coletivo’ em Queimadas, no Agreste paraibano, e mais 14 testemunhas de defesa vão ser ouvidos na próxima audiência que está marcada para o dia 18 de junho, segundo o Ministério Público da Paraíba. Depoimentos acontecerão no fórum da cidade.
As três vítimas sobreviventes da barbárie e os três adolescentes acusados de participação foram ouvidos na primeira audiência, além de mais cinco testemunhas de acusação. As demais foram dispensadas, por entendimento mútuo de ambas as partes, de que não eram necessárias para complementar informações importantes ao andamento dos processos.
Todos os depoimentos mantiveram as histórias já relatadas à delegada de Homicídios de Campina Grande, Cassandra Duarte, durante o inquérito policial, e à juíza da infância Andréa Ximenes, durante o julgamento dos adolescentes, os quais foram sentenciados a medida socioeducativa de três anos e seguem internados no Lar do Garoto, na cidade de Lagoa Seca, no Brejo.
Além de apontarem Eduardo e Luciano dos Santos Pereira como mentores dos estupros e homicídios, os adolescentes relataram detalhadamente à juíza da 1ª Vara Criminal de Queimadas, Flávia Baptista Rocha, a participação de cada um dos acusados.
Segundo o promotor Márcio Teixeira, houve a confirmação das versões originais e, ainda, da arma possivelmente pertencente a Eduardo dos Santos, apreendida com o acusado, como sendo a utilizada para assassinar Isabela Pajuçara e Michelle Domingos.
“Tudo foi confirmado. Os adolescentes, vítimas e demais testemunhas contaram tudo. Os adolescentes, além de relatar novamente suas versões detalhadamente, informaram qual a participação de cada um, disse.
Os sete acusados seguem no Complexo PB1, em João Pessoa.
Eles não compareceram ao Fórum de Queimadas na última segunda-feira após acordo entre advogados de defesa, Ministério Público e Secretaria de Estado da Defesa e Segurança. O objetivo foi garantir a integridade física dos presos, após rebelião naquelas unidades prisionais.
Após as próximas oitivas na segunda audiência de instrução, os procedimentos devem seguir diferentemente para Eduardo dos Santos Pereira, acusado de praticar os homicídios, e para os seis demais presos. Caso se conclua pelo entendimento de que Eduardo praticou crime doloso contra a vida, ele será julgado em outro processo, pelo Tribunal do Júri, enquanto os demais serão julgados em sentença monocrática pela juíza Flávia Baptista.
“Um processo envolvendo os seis acusados irá para fase de sentença, o outro relativo a Eduardo provavelmente volta para pronúncia e segue para o júri. A priori, esse júri será em Queimadas, a não ser que surja uma recomendação de se realizar em Campina Grande”, disse Márcio.
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