COTIDIANO
Serrotão tem segurança reforçada
Secretário da Administração Penitenciária disse que casas tomadas pelos detentos já existiam e eram destinadas a funcionários.
Publicado em 06/06/2008 às 8:06
Da Redação
O secretário de Administração Penitenciária do Estado, Pedro Adelson, informou que já se reuniu com o governador Cássio Cunha Lima para abrir um inquérito administrativo e investigar como funcionava o esquema de tráfico de drogas e armas dentro do Presídio Serrotão, em Campina Grande. Ele não descartou a possibilidade de interditar o presídio para corrigir muitos dos problemas detectados na Operação Albergue, realizada nesta quinta-feira (5).
Pedro Adelson disse que é preciso entender que a operação de segurança não vai solucionar os problemas que envolvem o presídio, visto que a questão é mais profunda. Segundo o secretário, as seis casas mobiliadas e controladas pelos detentos, e que foram encontradas pela polícia, já existiam desde que o presídio foi construído, sendo destinada aos funcionários que trabalhavam na administração prisional.
Os presos tomaram conta do local e montaram um “escritório do crime”. Na casa funcionava uma cantina, com um farto de estoque de alimentos. Havia, inclusive, uma tabela de preços para o pagamento de propina a policiais militares e ao ex-diretor do presídio em troca de noites e finais de semana que os presos passavam fora da cadeia.
De acordo com o secretário da Administração Penitenciária, as casas foram demolidas no final da tarde desta quinta-feira e a segurança foi reforçada. Os equipamentos apreendidos na casa lotaram dois caminhões. Por conta da falta de espaço, os albergados presos na operação terão que ocupar salas da administração do presídio.
Frigobar, equipamentos de ginástica, aparelhos de som e até TVs de plasma foram encontrados pela Polícia Federal no “condomínio” montado por detentos no Serrotão. A operação, realizada em parceria com o Ministério Público Estadual e as polícias militar e civil, desarticulou um esquema de tráfico de drogas e armas, realizando 20 prisões, entre servidores público e presidiários dos regimes aberto, semi-aberto e fechado.
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