COTIDIANO
Sete suspeitos de estupro coletivo chegam a presídio da Capital
Reitor do PB1 diz que eles ficarão cinco dias em um setor separado. Três adolescentes suspeitos estão detidos em abrigo de Lagoa Seca.
Publicado em 15/02/2012 às 18:36
Em torno das 17h30 (horário local) desta quarta-feira (15), chegaram no presídio de segurança máxima PB1, localizado em João Pessoa, os sete homens presos por suspeita de participar dos estupros de seis mulheres e mortes de duas durante uma festa em Queimadas, na Paraíba, no último fim de semana. A tranferência deles de Campina Grande para João Pessoa foi autorizada pela juíza Flávia de Souza Baptista Rocha. Os sete envolvidos no estupro coletivo ficarão cinco dias em um setor separado e depois serão integrados ao convívio com os demais detentos, segundo informa o diretor do PB1, capitão Sérgio.
Para a chegada dos presos foi montado um esquema de segurança pela Gerência Executiva do Sistema Penitenciário do Estado, com apoio das Polícias Militar e Civil. Eles chegaram no presídio PB1, que fica localizada no bairro de Jacarapé, na capital, em carros escoltados e em comboio.
De acordo com a juíza, para escolher o presídio em que os suspeitos vão aguardar julgamento, foi considerada a recomendação da Corregedoria Geral de Justiça da Paraíba, que justificou os riscos de morte dos suspeitos, caso eles fossem levados para penitenciárias de Campina Grande e Queimadas. Além dos sete adultos, há três adolescentes detidos. Ele foram ouvidos e levados para o Lar do Garoto, abrigo provisório localizado na cidade de Lagoa Seca.
A saída do grupo da Central de Polícia de Campina Grande aconteceu três dias após as primeiras prisões. O juiz da Vara de Execuções Penais de Campina Grande, Gutemberg Cardoso Pereira, explicou que foi necessário avaliar a transferência dos presos para outras cidades por medida de segurança e por falta de infraestrutura na cadeia pública de Queimadas, onde o crime aconteceu. No caso do Complexo Penitenciário do Serrotão, em Campina, a justificativa seria a superlotação e os boatos prévios de que os presos estariam preparando vinganças.
Entenda o caso
A versão apresentada pela Polícia Civil explica que os crimes aconteceram em meio a uma festa de aniversário na madrugada do domingo, no município de Queimadas. Os dois irmãos que organizaram o evento teriam simulado um assalto para violentar as mulheres convidadas, usando capuzes e máscara de carnaval.
Conforme a delegada, o plano arquitetado para abusar sexualmente das mulheres seria um 'presente de aniversário' de um irmão para outro. Das seis mulheres violentadas, duas foram assassinadas porque teriam reconhecido os agressores.
Em um intervalo de menos de 24 horas, entre o domingo e o começo da tarde da segunda-feira (13), os sete suspeitos fioram presos e os adolescentes foram detidos. Os depoimentos começaram ainda na segunda.
Depois de ouvir os seis primeiros homens, a delegada de Homicídios, Cassandra Duarte, reuniu todos em um só ambiente e confrontou suas versões. Já na terça-feira, foram feitos os quatro últimos interrogatórios. Entre eles, foram ouvidos os irmãos suspeitos de premeditar o estupro coletivo.
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