COTIDIANO
Sobreviventes ainda choram a morte dos pais
Paraíba1 conta a rotina dos irmãos que conseguiram escapar da noite cruel que marcou a história de João Pessoa.
Publicado em 09/10/2009 às 4:22
Inaê Teles
Especial para o Paraíba1
Priciano Soares se entristece quando lembra das tardes que brincava de bola e bicicleta com os irmãos Raquel, Rai e Raissa (10, 4 e 2 anos, respectivamente ), e chora sempre que lembra da mãe, Divanise dos Santos de 37 anos, e do pai, Moisés dos Santos de 32 anos. Todos assassinados na madrugada de 9 de junho.
Com apenas 10 anos de idade, Priciano presenciou todo o massacre e escapou sem nenhuma marca física porque se escondeu debaixo da cama. Rian Soares também sobreviveu, ele não teve a mesma sorte do irmão mais velho, foi atingido por um golpe de facão na altura da nuca. Ficou internado no Trauma e recebeu alta cinco dia após o crime.
Rian tem apenas seis anos, hoje ele e o irmão vivem com o tio Antônio dos Santos, irmão de Divanise, no bairro do Roger. Nos fins de semana os garotos vão pra casa da tia Denise dos Santos, no bairro do Valentina. Todas as quartas-feiras s recebem acompanhamento psicológico para superar o ocorrido.
“Os três meses não foram suficientes pra essas crianças esquecerem o que viram, eu não digo que elas estão normais, elas estão sobrevivendo”, desabafa Denise Santos, tia dos garotos, que hoje vive para concluir a construção do santuário que está sendo erguido no local onde era a casa da família Santos.
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