Soldado atingido na cabeça durante perseguição morre no Trauma

Karoline Zilah

O soldado da Polícia Militar João Virgínio dos Santos, de 27 anos, morreu na noite da terça-feira (26) no Hospital de Emergência e Trauma, em João Pessoa, em decorrência dos tiros que sofreu quando foi perseguido no bairro Funcionários II, na segunda-feira (25).

De acordo com a assessoria de imprensa do Trauma, a família não permitiu que fossem divulgados detalhes sobre o caso. João Virgínio foi internado em estado gravíssimo e, ao longo do dia, teria apresentado morte cerebral, mas a informação foi tratada pelos parentes como um boato.

Familiares relataram à reportagem da TV Cabo Branco que João Virgínio era policial há cerca de seis anos, mas que não teria envolvimento com nada suspeito. Contudo, a hipótese levantada pelos parentes é de que a perseguição tenha sido planejada. “A profissão dele é muito perigosa, deve ter sido isso”, revelou uma pessoa que preferiu não se identificar.

O Serviço de Inteligência da Polícia Militar investiga se o soldado denunciou uma boca de fumo que atuaria em frente à residência dele. Há pistas sobre duas pessoas suspeitas de terem executado a vítima.

No dia do crime, testemunhas relataram que o soldado estava de moto quando percebeu que era perseguido por dois homens armados, também de moto. João Virgínio teria abandonado o veículo e tentado fugir a pé, mas foi alcançado pela dupla em uma vila e atingido por disparos de arma de fogo na cabeça.

Uma outra pessoa saiu ferida no tiroteio. Alex Arantes da Silva, de 30 anos, passava pelo local e foi atingido por um tiro na perna, mas recebeu alta do Hospital de Trauma na mesma noite.