COTIDIANO
Suspeito de atropelar namorada de propósito usava CNH falsa
Agentes descobriram fraude após consultar número de Carteira de Habilitação no Detran e constatar que o registro que consta no documento de Artur não existe.
Publicado em 12/06/2015 às 13:11
A situação de João Arthur Canuto Alves, 23 anos, está ficando cada vez mais complicada. Depois de ser preso por força de mandado de prisão suspeito de ter provocado o acidente que resultou na morte da namorada dele, uma adolescente de 17 anos, a Polícia Civil descobriu que a Carteira Nacional da Habilitação (CNH) que ele usava é falsificada. A informação foi confirmada pela delegada Helen Maria, que investiga o caso.
Segundo a delegada, a descoberta aconteceu depois que agentes da Delegacia Especializada em Acidentes de Veículos (DEAV) realizaram uma consulta no número da CNH que ele usava, onde foi constatado que o registro não existe. Além disso, em outra consulta através o Cadastro da Pessoa Física (CPF) de João Artur não consta que ele seja um cidadão habilitado junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran), conforme explicou a delegada. O documento será encaminhado para o Instituto de Polícia Científica para ser periciado. A delegada informou que ainda irá ouvi-lo em relação à procedência da carteira de motorista.
Em depoimento prestado nos últimos dias, o acusado negou que tivesse provocado o acidente da namorada, mas, de acordo com a delegada Helen Maria, as versões dele estão contraditórias. “Em uma ocasião inicial ele havia dito que vinha no carro atrás da namorada e viu o momento em que o ônibus trancou ela provocando o acidente. Em outra oitiva realizada depois dessa prisão, ele já alegou que estava na frente da namorada e não viu o acidente”, contou a delegada. O jovem está preso na Central de Polícia e ainda nesta sexta-feira (12) será transferido para a penitenciária Padrão, em Campina Grande.
Ainda de acordo com a Polícia Civil há depoimentos de que o casal estava em um bar. Após um desentendimento, a adolescente saiu do local na motoneta de 50 cilindradas e João Artur foi atrás dela em um carro de um parente. O acidente aconteceu no contorno entre as avenidas Canal e Floriano Peixoto, ao lado do viaduto Elpídio de Almeida.
Carro arranhado e moto vendida
O veículo apresentado pelo acusado, um Corsa Classic de cor prata, que pertence à um parente, está apreendido na Central de Polícia e tem avarias na parte da frente. A motoneta em que a adolescente estava no momento da morte foi vendida no mesmo dia, segundo relato do acusado, e está na cidade de Patos. O advogado de João Artur disse à polícia que apresentaria a motoneta envolvida no acidente ainda nesta sexta-feira (12).
Relembre o caso
O acidente aconteceu na tarde do dia 7 de março deste ano, por volta das 15h. Inicialmente, a suspeita era de que a jovem tivessem colidido acidentalmente na lateral do ônibus ao entrar na giratória. O caso repercutiu em toda a cidade e ainda no dia do crime, em uma rede social, o jovem divulgou um áudio chorando e lamentando a morte da namorada. Na manhã da última quarta-feira (10), João Arthur foi preso por força de mandado de prisão expedido pela justiça.
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