COTIDIANO
Suspeitos de crime
Policiais Militares suspeitos de cometer homicídio no município do Conde, tiveram armas apreendidas e prestaram esclarecimentos.
Publicado em 27/04/2012 às 6:30
Cinco policiais militares do 5º Batalhão de Polícia Militar prestaram esclarecimentos na última quarta-feira, na Delegacia de Crimes Contra a Pessoa da capital, sobre um suposto envolvimento deles em um homicídio que ocorreu na madrugada da última quarta-feira, no município do Conde, no Litoral Sul paraibano. As armas dos militares foram apreendidas e serão submetidas a exames no Instituto de Polícia Científica (IPC).
Conforme o secretário Estadual de Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima, uma mulher o procurou para denunciar o suposto envolvimento dos militares no crime. “Nós determinamos que alguns militares que estavam na região durante o crime prestassem esclarecimentos. As oitivas aconteceram durante a noite, eles não foram reconhecidos e por enquanto a polícia busca evidências no local do crime, como recolhimento de projéteis e ao Instituto de Polícia Científica cabe todos os exames de perícia que poderão elucidar o crime,” disse Cláudio Lima.
Três equipes da Delegacia de Homicídios da capital foram designadas em caráter especial para investigar o homicídio.
Segundo o delegado titular, Marcos Paulo Vilela, testemunhas que estavam na residência em que a vítima de homicídio foi sequestrada afirmaram que o crime foi praticado por policiais militares que estavam encapuzados.
“O reconhecimento não foi forte, não foi consistente. Por este motivo nós estamos reunindo evidências, oitivas, inclusive achamos por bem avançar nas investigações no município do Conde. Alguns nomes foram apontados, mas nós não possuímos elementos suficientes para uma autuação em flagrante,” explicou Marcos Paulo Vilela.
Alegando que o crime pode envolver a participação de policiais militares, o delegado preferiu manter algumas informações em sigilo, a exemplo da motivação do assassinato, que já teria sido identificada. “Eu vou guardar sigilo porque as pessoas têm medo de testemunhar, sobretudo quando existe a possibilidade de envolvimento de policiais,” concluiu Marcos Paulo.
Para o comandante do 5º BPM, (batalhão em que os militares investigados são lotados),o tenente-coronel Lívio Sérgio Delgado, as testemunhas ficaram em dúvida durante o processo de reconhecimento. A identificação dos quatro militares foi preservada, porém, apesar de não terem ficado detidos, o comandante alegou que a falta de provas fez com que os policiais passassem por constrangimentos. O tenente-coronel afirmou ainda que durante as oitivas as testemunhas revelaram que reconheceram os policias pelas constantes abordagens que eles realizavam no local.
“Acusar sem ter provas é simplesmente absurdo, mas cumprimos com a determinação da Secretaria de Segurança e Comando Geral da PM, agora serão feitas perícias nas armas.
Eles foram liberados porque não existe uma prova cabal contra eles. Até o meu motorista, que está todos os dias comigo, foi reconhecido 100% pelas testemunhas, que dizem que os acusados estavam encapuzados,” opinou o tenente-coronel Lívio.
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