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COTIDIANO

Talento e espírito empreendedor são passados de mãe para filha

Criação de doces, que era uma forma de reunir os parentes, aliada ao espírito empreendedor, se transformou em fonte de renda.

Publicado em 31/12/2014 às 11:24 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:27

As receitas aprendidas com a avó foram passadas para a mãe e chegaram até a filha, Priscila Guimarães, 20 anos, que desde os 10 anos já ensaiava a criação de doces na cozinha da casa onde mora, no bairro do Araxá, em Campina Grande, Agreste da Paraíba. Dotadas de muitas habilidades na cozinha, essas três mulheres foram aperfeiçoando as técnicas culinárias passadas há gerações. O talento na criação de doces dos mais variados tipos, que antes era um passatempo e uma forma de reunir os parentes, aliado ao espírito empreendedor se transformou em profissão e hoje é a fonte de renda da família.

Desde criança, a curiosidade impetuosa de Priscila a aproximava da profissão da mãe, a cozinheira Maria José, 39 anos. Como brincadeira ela usava os ingredientes utilizados pela mãe na cozinha para fazer brigadeiros para os primos. Assim, surgiram
os primeiros doces. “Sempre que eu estava na cozinha preparando alguma comida, ela dizia que queria fazer também, pedia para eu ensiná-la. No começo eu tinha medo porque ela era muito pequena e eu achava que poderia atrapalhar nos estudos, pois ela queria deixar de fazer as atividades do colégio para cozinhar comigo”, comentou Maria José.

Após receber forte influência da mãe e da avó, Josefa Luciano, 63 anos, Priscila se tornou uma profissional na área e tem vivido da confecção e decoração de bolos, cupcakes e docinhos, além de salgados feitos em parceria com a mãe dela. “Cresci vendo minha mãe e minha avó cozinharem muito bem e recebendo muitos elogios. Quando nos reuníamos aos domingos na casa de vovó, após o almoço sempre tinha que ter um bolo ou alguma outra sobremesa que ela mesma inventava” relembrou.

Maria José conta que assumiu a cozinha da casa quando tinha 14 anos e a partir daí foi se interessando pela culinária. Há 15 anos trabalhando profissionalmente na área de confeitaria, ela atribui à mãe tudo o que aprendeu. “Foi com o ensino dela que aos poucos eu fui pegando o jeito e me aperfeiçoando cada dia mais, podendo ensinar também a minha filha” explica. Autodidatas, a avó, a mãe e a filha nunca fizeram cursos para aprender a cozinhar. Maria e Priscila contam que só em observar modelos de comidas na televisão ou em revistas, já têm ideia de como os pratos são feitos e reinventam as receitas do modo delas e de acordo com o gosto dos clientes.

Mas para se dedicar inteiramente à cozinha elas tiveram que abrir mão de alguns planos em prol de outros. Maria José era atendente de telemarketing e largou o emprego para levar a diante seu próprio negócio. Priscila trancou o curso de Comunicação Social para tentar Gastronomia, com especialização em confeitaria. “Eu também era muito envolvida com atividades religiosas e sociais da igreja e eu precisei abdicar delas por algum tempo, principalmente porque nós não temos muitas pessoas para ajudar e não estávamos conseguindo conciliar”, ressaltou.

A família se organiza aos poucos para construir uma cozinha industrial e poder aumentar a produção, que chega a uma média de 20 encomendas por semana. Com a certeza de levar o empreendimento a diante, elas procuraram o Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e receberam a assistência de consultores que auxiliaram na domada de decisões do novo negócio e adaptaram os cômodos da casa para a confecção dos doces e salgados. Ciente de que quer levar adiante os ensinamentos da mãe, Priscila conta que ainda tem muito a aprender, mas já está no caminho certo.

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Jornal da Paraíba

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