COTIDIANO
Testemunhas não reconhecem adolescentes suspeitos de incendiar ônibus
Adolescentes foram soltos porque funcionários da empresa de ônibus não se apresentaram para fazer o reconhecimento e as testemunhas não os apontaram como autores do crime.
Publicado em 18/08/2011 às 10:54
Inaê Teles
A polícia apreendeu na quarta-feira (17) dois adolescentes suspeitos de terem incendiado dois ônibus no dias 2 e 3 de agosto e ainda de confessarem um próximo ataque previsto para acontecer ainda na quarta. Mas de acordo com a própria polícia, os garotos foram liberados porque os funcionários da empresa de ônibus não se apresentaram para fazer o reconhecimento dos suspeitos e também porque as testemunhas que foram até a Delegacia da Infância e Juventude não os apontaram como autores do crime.
O tenente coronel Souza Neto, comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar de João Pessoa que foi responsável pela apreensão dos garotos, lamentou a situação. “A polícia investiga, prende e eles aina confessam que vão explodir um ônibus, mas a Justiça vai e solta”, disse Souza Neto.
Com os adolescentes a polícia ainda apreendeu uma garrafa cheia de gasolina, que seria usada em mais um ataque a transporte coletivo, telefones celulares roubados, carregadores, uma câmera fotográfica e uma peruca loira utilizada como disfarce.
A delegada Juvanira, da Infância e Juventude não estava na delegacia para comentar o assunto.
Empresa não contribui
O tenente coronel também lamentou a falta de interesse da empresa de transporte coletivo com o caso. Pois segundo Souza Neto, a empresa de viação São Jorge, que teve dois ônibus atacadas por incendiários, não enviou seus funcionários para fazer o reconhecimento dos suspeitos.
O Paraíba1 tentou entrar em contato com o responsável pela empresa, mas fomos informados que Marcos Antônio não se encontrava no estabelecimento e apenas ele poderia falar pela São Jorge. A funcionária disse ainda que uma agência de assessoria de imprensa estava habilitada para falar sobre o assunto.
A agência disse que a Associação das Empresas de Transportes Coletivos Urbanos de João Pessoa (AETC-JP) era responsável por esse caso, que por sua vez informou que apenas a empresa São Jorge poderia se pronunciar sobre o caso.
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