icon search
icon search
home icon Home > cotidiano
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

COTIDIANO

Toninha não tolera contato humano

Publicado em 23/10/2011 às 6:30

"Onde? Que coisa incrível!", diz Haydée Cunha, professora da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). "É uma sensação muito forte. A primeira vez que eu vi uma toninha viva foi aqui", conta a bióloga, que até chorou nesse primeiro contato.
A reação dela não é exceção. A concentração de vários grupos de toninhas em um espaço fechado, como na Babitonga, é única no Brasil. Os animais costumam ficar espalhados pela costa.

No grupo, que reúne pesquisadores com vários anos de trabalho sobre esses animais, há muitos que jamais se depararam com um deles vivo na natureza.
Ao contrário de seus "primos" famosos, como o golfinho-rotador, abundante em Fernando de Noronha (PE), e o golfinho-nariz-de-garrafa, protagonista da série "Flipper", as toninhas são tímidas e não costumam tolerar a interação com humanos.

Embora também salte para a superfície, a toninha tem um pulo bem mais discreto que o dos outros golfinhos. "Pessoal, alarme falso. São Sotalia", avisa Cremer, pelo rádio. Conhecido como boto-cinza, o outro gênero de golfinho que habita a Babitonga enganou os pesquisadores, ao ser visto de longe.

Enquanto os brasileiros apresentam certo ar de decepção, o grupo americano do Sarasota Dolphin Research Program, na Califórnia, não dá bola para a confusão. Eles nunca tinham visto um Sotalia também.

Patrocinado pela Petrobras, o Projeto Toninhas deve receber, até 2012, pouco mais de R$ 1 milhão da empresa. Além da colocação dos microchips, o orçamento prevê também ações de divulgação e conscientização. Hoje, a maior ameaça ao animal é a captura acidental em redes.

A espécie se alimenta principalmente de pequenos peixes, um tipo de lula e camarão. As toninhas seguem os cardumes pela costa e acabam entrando na rota dos barcos pesqueiros.

Presas nas redes, algumas com vários quilômetros de extensão, as toninhas não têm chance. Acabam morrendo afogadas rapidamente. E, como são animais de reprodução lenta, com apenas um filhote por vez, há o risco de que a reposição natural não seja suficiente para impedir seu desaparecimento. "É um massacre. Já houve casos de mais de 20 animais mortos de uma vez só", relata Cremer.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp