COTIDIANO
Torcedores do Botafogo acusados de matar soldado são presos em Recife
Integrantes da Força Independente Anjinhos do Belo (Fiab) são acusados de perseguir e executar por engano o PM João Virgínio, em JP. Segundo a polícia, eles queriam vingança.
Publicado em 28/01/2010 às 7:32
Karoline Zilah
Dois integrantes da Força Independente Anjinhos do Belo (Fiab), uma das torcidas do Botafogo Futebol Clube da Paraíba, foram presos na madrugada desta quinta-feira (28) em Recife (PE) acusados de terem executado o soldado da Polícia Militar João Virgínio dos Santos, de 27 anos. O crime aconteceu na segunda-feira (25) no bairro Funcionários II, em João Pessoa.
Foram presos Rafael Lopes da Silva Pereira, de 19 anos, conhecido como Timbal, e o ex-presidiário Nicolas Vieira dos Santos da Silva, também chamado de Nicole. Um terceiro acusado de participação no crime está detido. Trata-se de um homem identificado apenas como "Lelêu", ex-interno do Centro Educacional do Adolescente (CEA), que teria escondido a moto usada na perseguição ao soldado.
Segundo a polícia, João Virgínio foi morto por engano. O verdadeiro alvo seria um outro policial que teria matado um colega dos dois homens presos em Recife. Nicole e Timbal teriam a intenção de se vingar.
Eles fariam parte de uma facção criminosa da torcida organizada e seriam réus confessos, de acordo com o major Gutemberg Nascimento, subcomandante do 1º Batalhão da Polícia Militar.
A dupla foi encontrada na casa de um familiar de Nicole no bairro de Casa Amarela. Segundo major Gutemberg, os rapazes teriam planos de fugir de Recife para o Rio de Janeiro. Depois de encontrados, eles foram trazidos à Paraíba e autuados por homicídio na delegacia da Ilha do Bispo, em João Pessoa, de onde podem ser transferidos para a Central de Polícia.
A arma usada no crime, uma pistola 380, ainda não foi encontrada. Questionado pela reportagem do Paraiba1 sobre o policial que seria alvo do assassinato, o major Gutemberg não forneceu mais detalhes acerca de seu envolvimento na suposta morte de um torcedor do Anjinhos do Belo.
Desde o início das investigações, o Serviço de Inteligência do 5º Batalhão e o Comando Geral da Polícia Militar tinham informações testemunhais de que Nicole e Bimbau seriam os responsáveis por perseguir João Virgínio e disparar vários tiros de arma de fogo contra ele. Na noite do crime, a vítima foi internada no Hospital de Emergência e Trauma em estado gravíssimo. Ele não resistiu e morreu no dia seguinte.
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