COTIDIANO
Três militares são condenados à prisão perpétua
Militares argentinos foram condenados pelo chamado Massacre de Trelew, em que 16 pessoas morreram e outras três ficaram feridas.
Publicado em 16/10/2012 às 6:00
O Tribunal de Comodoro Rivadavia, no sul da Argentina, condenou ontem três militares da Marinha à prisão perpétua pelo chamado Massacre de Trelew, em que 16 pessoas morreram e outras três ficaram feridas em 1972.
A corte qualificou as mortes como crime contra a humanidade.
Luis Sosa, Carlos Marandino e Emilio de Real foram considerados culpados por homicídio doloso pelo fuzilamento de 19 pessoas na base aérea Almirante Zar.
Os três deverão cumprir a pena em uma prisão federal comum.
Outros dois militares, acusados de ocultamento e coautoria, foram absolvidos. Também foi determinada a extradição do ex-tenente Roberto Bravo, que está nos Estados Unidos, para julgamento.
O veredicto foi revelado por volta das 13h, em um centro cultural de Comodoro Rivadavia, com a presença de dirigentes e militantes de organizações políticas e de direitos humanos, além de familiares das vítimas e veteranos militares.
Apesar de satisfeito com a condenação, o promotor federal de Rawson, Fernando Gelves, não concordou com as absolvições, em especial de Rubén Paccagnini, acusado de ser coautor do massacre.
"Não entendemos como se declara os crimes contra a humanidade, mas como se absolve Paccagnini, que foi quem transmitiu a ordem de Buenos Aires para as mortes".
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