COTIDIANO
Tribunal do Júri condena acusado de matar travesti em CG
O travesti foi assassinado em abril do ano passado, com 32 facadas. Réu foi condenado a 20 anos e 9 meses de prisão.
Publicado em 15/02/2012 às 7:20
O 1º Tribunal do Júri de Campina Grande condenou ontem um dos acusados de matar a facadas o travesti Daniel de Oliveira Felipe, de 24 anos. Adriano Pereira da Silva foi condenado a uma pena de 20 anos e 9 meses de prisão em regime fechado, “por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe e de forma cruel, sem chances de defesa para a vítima”.
Na época, segundo as investigações da polícia e do Ministério Público, ele teria sido flagrado desferindo as facadas na vítima, na madrugada do dia 15 de abril na rua João Pessoa, no Centro de Campina Grande.
De acordo com o processo, o travesti foi assassinado com 32 facadas, depois de um desentendimento com um dos acusados, durante o agendamento de um programa. A vítima teria roubado a quantia de R$ 800,00 em dinheiro de um dos adolescentes envolvidos no crime.
As investigações da polícia apontaram para a participação de cinco acusados, mas um deles, Antônio Pereira da Silva, foi “impronunciado” a pedido do Ministério Público. O promotor Demétrius Castor considerou que não haveria provas que comprovassem o envolvimento dele no caso. No julgamento de ontem, o Ministério Público sustentou a tese de homicídio triplamente qualificado, enquanto a defesa de Adriano Pereira defendeu que o crime se enquadraria apenas como um “homicídio simples”. “Dessa forma prevaleceu nossa tese, porque o júri acatou aquilo que já defendíamos durante todo o processo, que o crime foi cometido de forma cruel e planejada”, observou Demétrius Castor, promotor do 1º Tribunal do Júri .
Um outro acusado na morte de Daniel Felipe, Jailton Carolino dos Santos, ingressou com recurso junto ao TJ-PB.
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