COTIDIANO
Turbulência fez pessoa 'furar' teto de avião, conta passageira do voo 128
26 pessoas ficaram feridas em voo que ia do Rio para Houston, nos EUA. Segundo passageira, pessoas que estavam sem cinto atingiram teto.
Publicado em 04/08/2009 às 8:41
Do G1
A turbulência em pleno ar que deixou 26 feridos num voo que ia do Rio de Janeiro para Houston, nos Estados Unidos, fez com que um dos passageiros "furasse" o teto do avião com o impacto, segundo uma das passageiras do voo 128 da Continental Airlines.
"Teve uma pessoa que, com o impacto, furou o teto", contou Maria Cristina ao "Jornal Nacional".
Por telefone, a passageira voltou a falar e contou o que viu dentro do avião.
"Tinha sangue à beça. Esse pessoal se machucou. Eles estavam sem cinto, aí eles voaram. Foram eles é que bateram com a cabeça no teto do avião e fez buracos no teto. Aquelas máscaras caíram, os fios caindo de lá de cima. Foi uma coisa. Foi um estrondo. Foi a pior coisa que passei na minha vida. É um filme de terror, mas daqueles muito fortes, mesmo."
Maria Cristina estava no Boeing 767- 200 que decolou do Rio de Janeiro às 9h45 da noite de domingo. Estava com 168 passageiros e 11 tripulantes a bordo.
Seis horas depois da decolagem, quando o avião sobrevoava o trecho entre Porto Rico e as Ilhas de Turks And Caicos, houve uma turbulência e o Boeing perdeu altitude por cerca de 10 segundos. Lá dentro, os passageiros e tripulantes que estavam sem cinto foram jogados contra o teto.
O vôo iria para Houston, no Texas, mas os pilotos tiveram que fazer um pouso, em Miami, na Flórida.
Socorro
Cinco horas da manhã. Ainda estava escuro quando 20 ambulâncias se aproximaram do Boeing. Em macas, os passageiros começaram a ser retirados do avião. E o socorro continuou até o dia clarear. Uns deitados, outros em cadeiras de rodas.
Da pista do aeroporto, os feridos foram levados para dois hospitais. A segurança do aeroporto contabilizou 22 passageiros com ferimentos leves e quatro com gravidade.
A Continental Airlines disse apenas que quando houve a turbulência o avião estava numa altitude correta e os avisos de "apertar cintos" acesos. Agora, se a tripulação foi surpreendida pela intensidade da força dos ventos, ou se houve falha do radar que não identificou o problema ou dos pilotos que não avisaram os passageiros de uma forma mais incisiva, só a investigação é que vai dizer.
Quem passou por um susto enorme, teve que ficar internada por cinco horas, ao lado da filha, que aprendeu uma lição.
"Que não deixem de usar o cinto de segurança, que obedeça os letreiros e cumpram aquilo porque realmente, de repente, uma vida pode ser salva ou mesmo um drama que a gente está vivendo - como vocês estão vendo a gente está acalentando essa viagem há dois anos e quase que foi estragada, né? Mas graças a Deus. Usem o cinto de segurança”, disse Glauria Machado.
Dos passageiros que foram parar no hospital, só um permanece internado, e a nacionalidade dele não foi revelada.
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