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COTIDIANO

TV Cabo Branco: 30 anos esta noite!

Publicado em 31/12/2016 às 10:25 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:47

(O título vem do filme de Louis Malle.)

À meia noite deste sábado, ou zero hora deste domingo, a TV Cabo Branco completa oficialmente três décadas.

Dividido entre a chefia de redação e a edição do JPB2, estive lá por duas décadas. Sob o comando de Erialdo Pereira (por 18 anos!), fomos a primeira emissora de televisão de João Pessoa.

(Peço licença para ilustrar com essa foto aí, de uns 25 anos atrás. É tão particular! Roberta Matias, Edilane Araújo e eu na redação com máquinas de datilografia.)

Quando começamos, o Brasil do Plano Cruzado era governado por José Sarney. A Paraíba, por Milton Cabral. O prefeito de João Pessoa era Carneiro Arnaud. O de Campina Grande, Ronaldo Cunha Lima.

Os Estados Unidos eram governados por um velho ator de cinema, Ronald Reagan. A União Soviética ainda existia! O muro de Berlim, também!

Na redação, usávamos máquinas de datilografia. Computadores, só uma década mais tarde! Nem todo mundo tinha vídeo cassete em casa. Muito menos CD!

DVD? Blu-ray? Internet? Telefones móveis? Smartphone? Google? Facebook? Netflix? Serviços de streaming?

Tudo coisa do futuro!

Fizemos jornalismo num tempo de grandes transformações.

No Brasil, vimos a elaboração da nova Constituição, o fim da censura prévia, a retomada das diretas para presidente, o avanço da cidadania num país afinal redemocratizado.

Vimos a estabilidade da moeda e a chegada de um operário na presidência.

Fizemos jornalismo nesse cenário de adequação ao novo. O novo das conquistas tecnológicas e o novo nos campos político e ideológico. Mas também mantivemos valores e conceitos que, no nosso ofício, ainda não perderam a validade.

O cânone que nos guiou continua guiando as redações e seus profissionais. Ou ao menos parte deles. O compromisso com a verdade, com a informação correta. A checagem obsessiva para evitar o erro imperdoável. O espaço para as vozes divergentes. Tudo isso.

Às vésperas do ano 2000, discutíamos jornalismo comunitário em busca de mais diálogo com a nossa audiência. Nas nossas imersões, fazíamos projeções para os próximos 10 ou 15 anos. Estávamos quase sempre errados. Os telejornais mudaram menos do que imaginávamos. Ainda estão excessivamente presos a um modo clássico de fazer telejornal.

Mas houve o furacão das redes sociais! Esse, 30 anos atrás, só cabia em filme de ficção científica!

Os garotos e garotas da geração Y, que hoje chegam às redações e amanhã vão comandá-las, têm pela frente um desafio que não se sabe ao menos qual é. Numa profissão cujo futuro está sendo redesenhado.

Fica, então, para os próximos 30 anos da TV Cabo Branco!

Parabéns aos que fizeram e aos que fazem a emissora!

(Fecho com essa foto de 2015. Edilane Araújo, Roberta Matias, eu e Nelma Figueiredo.)


				
					TV Cabo Branco: 30 anos esta noite!

Imagem

Silvio Osias

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