COTIDIANO
UFCG usa substância da casca do camarão para produzir 10 mil máscaras cirúrgicas
Máscara exerce uma barreira química através do biopolímero quitosana, que pode inativar o vírus que causa a Covid-19.
Publicado em 21/07/2021 às 15:33
O Laboratório de Avaliação e Desenvolvimento de Biomateriais do Nordeste (Certbio), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), produziu dez mil máscaras cirúrgicas a partir de uma substância proveniente da casca do camarão. As máscaras foram entregues à Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (FapesqPB) para contribuir a rápida implementação de soluções de monitoramento, análise e recomendações frente à pandemia do Covid-19 na Paraíba.
A principal diferença da máscara é a incorporação de substâncias químicas atóxicas, biocompatíveis, biodegradáveis e com atividades antimicrobianas. O material usado na produção da máscara é a quitosana. Um material que seria considerado como rejeito da indústria pesqueira, deixa de poluir o meio ambiente e passa a ser um material nobre utilizado no setor da saúde.
Além da barreira física de proteção, a máscara exerce uma barreira química através do biopolímero quitosana, que pode inativar o vírus que causa a Covid-19.
O projeto recebeu R$ 102 mil para o desenvolvimento e produção de máscaras cirúrgicas de polipropileno, que contam com quitosana na composição, atuando como bactericida, fungicida e virucida.
As máscaras foram entregues pelo professor Marcus Vinícius Lia Fook, coordenador do projeto, e serão destinadas pela FapesqPB às secretarias de Saúde e de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado, para distribuição em hospitais, centros de Saúde, entre outros serviços. A máscara é descartável, mas tem durabilidade segura de até 24 horas seguidas de uso.
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