COTIDIANO
União Europeia vai ampliar sanções a sírios
Ministros do Exterior da União Europeia afirmaram ontem que vão ampliar sanções a 18 sírios em resposta à violência com que o regime tem reagido aos protestos pró-democracia no país.
Publicado em 15/11/2011 às 8:00
Ministros do Exterior da União Europeia afirmaram ontem que vão ampliar sanções a 18 sírios em resposta à violência com que o regime tem reagido aos protestos pró-democracia no país.
Os nomes dos afetados pelas medidas devem ser divulgados nos próximos dias. Essas pessoas podem ter restrições em viagens, além de perder o acesso a empréstimos de bancos de investimento. O anúncio foi um entre uma série de golpes diplomáticos desferidos à Síria ontem. Outra ação dura foi a declaração do rei jordaniano Abdullah, que aconselhou o ditador Bashar Assad a deixar o poder. "Acredito que, se estivesse no lugar dele, eu renunciaria", afirmou Abdullah. Ontem morreram ao menos 40 pessoas em manifestações contrárias a Assad na fronteira com a Jordânia.
A China, por sua vez, instigou o país a aplicar o plano de paz acordado com a Liga Árabe – que, no último sábado, suspendeu a Síria como membro, devido à continuidade da violência contra civis.
Ahmet Davutoglu, ministro do Exterior da Turquia, afirmou que a Síria não é mais um país confiável. A Embaixada da Turquia na Síria foi atacada por manifestantes, após a suspensão na liga. Outras nações tiveram missões diplomáticas atacadas.
A Rússia, por outro lado, manifestou-se contra a suspensão da Síria na Liga Árabe, afirmando que o movimento foi equivocado e pautado pelo interesse ocidental.
Walid Moualem, ministro do Exterior da Síria, disse que a decisão da Liga Árabe é um "passo extremamente perigoso". O país pediu um encontro de emergência do grupo para discutir a suspensão. Nabil Elaraby, secretário-geral da Liga, afirmou que é necessário que os demais membros aprovem a reunião, de acordo com a agência de notícias egípcia Mena.
ELOGIOS
Os Estados Unidos elogiaram ontem a "consolidação do consenso contra [o ditador Bashar al] Assad e o regime" sírio, após as decisões tomadas nos últimos dias pela Liga Árabe e pela União Europeia (UE).
Questionado sobre uma eventual intervenção militar, Mark Toner, porta-voz do Departamento de Estado, disse que os esforços americanos estão centrados no endurecimento das sanções econômicas e políticas contra Assad.
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