COTIDIANO
Vela foi 'responsável' pelo incêndio que matou as duas meninas, atesta perícia
O incêndio aconteceu no último dia 8 de abril numa casa no bairro de Riachinho e vitimou duas crianças, que morreram queimadas.
Publicado em 28/04/2015 às 12:03
A vela foi o fator responsável pelo incêndio que atingiu uma casa da comunidade do Riachinho, na Capital, no último dia 8 de abril. Isso foi constatado mediante ao resultado do laudo pericial do Corpo de Bombeiros da Paraiba, que confirmou que o fogo se alastrou após a vela ter caído sobre um colchão de uma cama de solteiro, situada próxima à porta de saída do quarto, o que impediu a evasão das duas crianças que foram vitimadas pelo incidente.
Conforme o perito em incêndio do CBMPB responsável pelo laudo, tenente Rafael Andrade, o cômodo onde teve início o incêndio era pequeno e repleto de materiais combustíveis como tecido, espuma e madeira, o que facilitou a rápida propagação das chamas.
As chamas se alastraram em torno de seis segundos após cair, segundo o perito. A vela causou o início da combustão do colchão e, cerca de mais três minutos depois, o fogo formou uma coluna térmica alta que impediu tanto a entrada quanto a saída de alguém do quarto, embora a porta do cômodo estivesse aberta.
“A queima da madeira e da espuma produziu grande quantidade de gases inflamáveis e tóxicos, que começaram a se propagar por outras partes da casa de aproximadamente 60 metros quadrados. Esse extravasamento de fumaça e gases foi contido pelos moradores locais e pelo Corpo de Bombeiros”, contou o perito.
Ainda segundo Rafael Andrade, o resultado do laudo pericial, foi confirmado quando foram encontrados vestígios de vela derretida embaixo da cama de solteiro, próximo ao foco inicial do incêndio, descartando as demais hipóteses como fenômeno termoelétrico (curto circuito) ou natural (desabamento, raio), entre outros.
Relembre o caso
O incêndio aconteceu no dia 8 de abril deste mês, por volta das 23h40. De acordo com informações da Polícia Militar, no momento, todos os moradores da casa estavam dormindo. Eram eles: a mãe, Sibele Campos de Oliveira, de 26 anos, um filho de cinco, e as duas meninas, Maria Cecília Campos, de 8 anos, e Maria Vitória Campos, de 9.
As irmãs estavam dormindo em um quarto próximo a uma vela que iluminava o ambiente, quando o fogo da vela tocou o lençol, espalhando as chamas e elas morreram abraçadas. A mãe delas explicou que elas estavam sob a luz de velas porque a energia elétrica havia sido cortada.
Vizinhos das vítimas sentiram o cheiro da fumaça e ouviram os gritos da mãe das crianças e acionaram os bombeiros. Ao chegar na casa, os oficiais arrombaram a porta e conseguiram salvar a mãe e o outro filho de 6 anos. O menino sobreviveu sem ferimentos e foi levado por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para um hospital da capital. A mãe também foi atendida.
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