COTIDIANO
Venda ilegal de botox
Um representante comercial foi preso e 16 médicos serão interrogados na Paraíba. Operação aconteceu em outros oito estados.
Publicado em 04/04/2012 às 6:30
Uma pessoa foi presa e pelo menos 16 médicos serão interrogados sobre a comercialização clandestina de toxina botulínica na Paraíba sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A operação ‘Narke’, deflagrada ontem pela Polícia Federal, aconteceu em oito estados. Na Paraíba foram apreendidas quatro caixas da toxina botulínica de marca ‘Fine Tox’, em João Pessoa.
Na operação, um representante comercial foi preso em flagrante, na capital, em cumprimento a um mandado de prisão preventiva.
Com ele foram encontradas caixas de toxina botulínica. A assessoria de imprensa da PF informou que o homem detido na capital exercia a função de vendedor e as investigações mostraram que ele seria um distribuidor recebendo o material e vendendo para médicos e clínicas.
Para a operação também foi expedido um mandado judicial que seria cumprido na cidade de Patos, no Sertão paraibano, entretanto não foram apreendidos materiais na cidade e ninguém foi detido. Segundo a assessoria de imprensa da PF, na cidade de Patos pelo menos 16 médicos serão interrogados sobre a comercialização clandestina do ‘botox’ e terão que comprovar como adquirem o produto.
Os mandados de prisão e busca e apreensão foram expedidos pela 4ª Vara Criminal da Justiça Federal/PE. O homem detido e o material apreendido serão encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal em Pernambuco.
O superintendente da PF na Paraíba, Marcelo Diniz Cordeiro, explicou que as investigações irão continuar em parceria com a Anvisa para identificar outros medicamentos que estejam sendo comercializados sem autorização. “São medicamentos que causam danos à saúde pública e estavam sendo utilizados na Paraíba sem o conhecimento dos pacientes”, disse Marcelo Diniz.
DANOS
O delegado da Polícia Federal de Pernambuco, Humberto Freire, chegou a informar que a perícia no material revelou que os frascos não tinham qualquer identificação e muitos também não continham a substância na fórmula.
Já a Anvisa revelou que o medicamento irregular pode provocar reações adversas e danos irreversíveis. A toxina botulínica pode ser utilizada esteticamente e também de forma terapêutica.
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