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COTIDIANO

Vereadores de João Pessoa não devem virar as costas para as ruas

Publicado em 19/02/2021 às 16:20 | Atualizado em 30/08/2021 às 19:02

Por LAERTE CERQUEIRA 

O piso do plenário da Câmara de Vereadores de João Pessoa teve que ser trocado e a obra "entrou"  em fevereiro. Justamente quando os vereadores retomariam as discussões na Casa. E, para evitar críticas de terem estendido o recesso, alguém teve a feliz ideia de colocá-los nas ruas. Fez uma Câmara Itinerante.

Não dá pra negar que teve uma pegada midiática (e isso faz parte), mas com efeitos simbólico e prático, que devem ser levados em conta. Os parlamentares colocaram uma lupa, jogaram luz nos problemas que eles e o prefeito Cícero Lucena (PP) precisam resolver.

Nada de novo, nada que já não se sabe. Mas que não pode ser naturalizado. A Câmara Itinerante é um compromisso público assumido, de corpo presente. Não é fruto do "ouvi dizer" ou da frieza de um requerimento lido para colegas desatentos, em meio às risadas e conversas paralelas.

Lista de problemas 

Na lista de “problemas para resolver”: o ordenamento na ocupação do Largo de Tambaú, um novo espaço que a população democraticamente se apropriou, mas que precisa de ação governamental para que se evite acidentes entre ciclistas, skatistas, pedestres, crianças e ambulantes. Discutiu-se até reabrir para passagem de carro, mas, felizmente, o tema esfriou (voltaremos ao assunto, em breve).

O parlamentares foram numa creche. Não tinham muito do que reclamar, mas sabem que precisam trabalhar juntos com a prefeitura para aumentar o número de vagas, manter a qualidade herdada e resolver os problemas. Afinal, ainda tem muita mãe com dificuldade de trabalhar porque não tem onde deixar os filhos.

Centro 

No Centro da capital, deram de "cara" com os ambulantes nas calçadas. Um número cada vez maior. Alguns "novatos", filhos do desemprego trazido pela pandemia. O desafio, se era grande, agora é gigante. Eles precisam sobreviver. O cidadão precisa da calçada livre.

O pior, os parlamentares ouviram do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de JP (CDL-JP) que mais de 200 lojas fecharam as portas por causa da pandemia. Agora, para não evitar que sejam "números ao vento", os vereadores precisam cobrar da prefeitura ajuda para esses comerciantes e empreendedores -para uma tentativa de retomada.

Calçadas inacessíveis e segurança 

Sentiram nos pés, os problemas das calçadas do Centro. Obstáculos ao direito de ir e vir. Perigo para cadeirantes, deficientes visuais, idosos ou qualquer pessoa com dificuldade de locomoção.

Ouviram de comerciantes que eles precisam de segurança. Precisam de uma sistema de câmeras de monitoramento prometido em outros tempos. É o mínimo para afastar o banditismo que arranca a paz dos lojistas e afugenta clientes.

Problemas no transporte público 

Na lista, tem ainda a falta de regularidade, pontualidade, superlotação e falta de qualidade do transporte público de João Pessoa. Reclamações materializadas em uma pesquisa de opinião que os vereadores fizeram. O resultado precisa ser usado para exigir mais da prefeitura e das concessionárias. Engavetar será a confissão de incompetência.

Compromisso assumido 

Enfim, problemas que estão fora do plenário, nas ruas, nas periferias, nas comunidades, onde os vereadores deveriam estar com mais frequência. Onde a vida tem cara e os debates politiqueiros e infrutíferos que, muitas vezes, dominam as quatro paredes do parlamento, são coadjuvantes.

Esperamos que tenha valido a pena colocar o sapato, sempre limpo, no chão onde o povo, realmente, pisa; ter suado um pouco, numa caminhada com muitos holofotes (áreas centrais e nobres), mas com compromisso assumido olho no olho. Virar as costas, agora, será a pior decisão. Vamos ver o que vai chegar ao plenário, a partir da próxima terça (23), com sessões realizadas de forma híbrida: parlamentares na Casa e outros de maneira remota.

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Laerte Cerqueira

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