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VIDA URBANA

Açude de Bodocongó completa 98 anos com alto índice de poluição

No dia do aniversário, população deu um abraço simbólico e cobrou celeridade nas obras de revitalização iniciadas em 2014.

Publicado em 22/04/2015 às 11:00 | Atualizado em 14/02/2024 às 13:36

Presente no coração e na memória de muitos campinenses, o açude de Bodocongó, em Campina Grande, é o segundo espelho d'água da cidade, relembrado em canções e poemas dos artistas da terra. Construído para abastecer o município no ano de 1917, o reservatório completou ontem 98 anos. Quase centenário, recebeu um grande abraço simbólico dos moradores do bairro e o soprar das velinhas cobrava celeridade nas obras de revitalização iniciadas em 2014.

Estudos realizados no manancial apontaram um alto índice de poluição da água, que recebe esgotos sem tratamento. Além disso, várias pessoas lavam seus veículos às margens do açude, o que contribui para o depósito de detritos e lixo. O reservatório apresenta também assoreamento. Para minimizar esses problemas, com o propósito de transformar o local em um ponto de convergência de atividades culturais, lazer e físicas, para os moradores do bairro e vizinhança, o governo do Estado, em parceria com a Prefeitura Municipal de Campina Grande, deu início ao projeto de urbanização do entorno do açude.

A obra, orçada em mais de R$ 35 milhões, teve início em julho do ano passado, e prazo de conclusão era de até 12 meses. O projeto paisagístico contempla a construção de calçadas, ciclovias, praças, além do plantio de mudas, drenagem, pavimentação de ruas adjacentes, esgotamento sanitário do entorno e sistema de iluminação pública. No entanto, há mais de nove meses do início das obras, pouca coisa saiu do papel, reclamam os moradores.

Conforme o coordenador do Comitê pró-melhoramento do açude de Bodocongó, Vicente Gouveia, as obras foram iniciadas, mas seguem em ritmo lento, o que causa descontentamento à população. “Mesmo que não sejam informações oficiais, são debates e conversas dos moradores do bairro, que veem as coisas serem feitas com demora”, afirmou.

“O açude de Bodocongó é um patrimônio histórico da região metropolitana de Campina Grande, é referência. Aqui temos duas universidades públicas, hospitais, cursos técnicos, então a área tem uma importância estratégica na paisagem urbana. Nosso pleito é que o açude seja revitalizado, para que possa servir de orgulho para nossa cidade”, frisou. Ainda conforme Gouveia, o comitê, que agora é pró-melhoramento, se tornará um comitê de preservação após a revitalização do manancial.

Ainda conforme o coordenador, a parte urbanística da obra, que seria o Parque Bodocongó, é de responsabilidade do governo estadual e a parte de dragagem e desassoreamento do açude ficaria a cargo da prefeitura municipal da cidade. A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA tentou contato telefônico com a Superintendência de Obras do Estado (Suplan) e com a Secretaria de Obras da Prefeitura Municipal de Campina Grande, mas as ligações não foram atendidas.

Reservatório faz parte da história da cidade

O abraço ao açude de Bodocongó foi realizado pelo 10º ano seguido e teve a participação de mais de 100 pessoas. Não só moradores do bairro em que o manancial fica localizado, mas também pessoas que têm uma história com o açude, além de associações e entidades sindicais, estiveram presentes. O evento começou por volta das 9 horas, com um café da manhã e uma discussão sobre a atual situação do açude. A programação seguiu com apresentação do trio Pequeninos do Forró e do cantor Biliu de Campina.

O funcionário público Reginaldo da Rocha conta que foi prestigiar o evento pelo primeiro ano. Ele não mora no bairro, mas conta que, mesmo assim, tem muitas lembranças da infância com o açude. “Quando eu era criança, lembro que me reunia com os amigos para vir tomar banho no açude, nessa época o pessoal já até falava que era poluído, imagine agora. Acho que esse abraço é também um pedido de socorro, porque esse local é muito esquecido. Começaram essas obras faraônicas, mas a gente não vê nada de concreto saindo do lugar.”

A reclamação é a mesma da estudante Carla Almeida, que sempre morou próximo ao açude de Bodocongó. “Esse projeto é lindo, mas a gente vê as obras quase paradas e nos perguntamos se realmente vai se tornar uma realidade. Poderia ser feita uma coisa mais simples no entorno do açude, queremos que ele se torne um local preservado, limpo e também seguro para os moradores”, destacou.

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Jornal da Paraíba

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