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VIDA URBANA

Banheiros públicos de JP não são suficientes

Sem banheiros públicos disponíveis, populção recorre às lojas e outros locais que disponham do equipamento no Centro da capital.

Publicado em 31/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 04/03/2024 às 16:07

Sujeira, privadas e torneiras quebradas, ausência de manutenção e de portas. Essa é a situação que pode ser observada nos poucos banheiros públicos existentes em João Pessoa. Para a população que precisa utilizar os equipamentos, a única alternativa é recorrer às lojas e locais próximos que disponham de banheiro, esperar até chegar em casa ou enfrentar, com desconforto, a situação. De acordo com a Diretoria de Serviços da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) da capital, a cidade possui cerca de 40 banheiros, número, segundo a Diretoria, suficiente para atender à demanda.

Dos banheiros existentes na capital, cinco estão localizados no Centro da cidade, dos quais um está com uma parte interditada devido às obras da Lagoa – o que fica localizado em frente a um banco –, outro é público, mas é necessário pagar uma taxa – o situado em frente a uma loja de departamentos – e outro, o que a população define como “razoável”, fica no Centro Comercial de Passagem. Além desses, o bairro ainda possui dois, localizados nos shoppings Terceirão e 4400. Os demais estão situados nos 19 mercados públicos espalhados pela cidade, na Praça Venâncio Neiva (Pavilhão do Chá), no Viaduto da Avenida Miguel Souto e na praça de alimentação da Feirinha de Tambaú.

O bairro do Centro é um dos que possui a maior circulação de pessoas da cidade, motivo pelo qual, para muitos, a quantidade de banheiros ali existente é insuficiente, bem como a qualidade.

No banheiro localizado em frente ao banco, por exemplo, o mau cheiro chama a atenção de longe. “Eu nunca usei aqui, mas só de olhar não tenho coragem nem de entrar. Quando eu uso o banheiro aqui no Centro, eu uso aquele que é pago”, declarou a faxineira Francisca da Silva.

Mas, diferente dela, há quem ache abusivo se cobrar uma taxa por um serviço que é público. Para o funcionário público Ailton Galdino – que, por ser funcionário público, não paga taxa –, deveria haver mais equipamentos e estes deveriam ser bem mantidos e não pagos. “Eu acho um absurdo o povo ter que pagar para usar um banheiro nessa cidade e, ainda assim, não é boa a qualidade”, afirmou.

Além disso, há quem diga que é preciso ter coragem para usar um dos banheiros públicos da cidade. A cabeleireira Avanilda Pereira, por exemplo, comenta que não se sente nem um pouco à vontade de frequentar algum banheiro público. Para ela, a melhor opção é sempre esperar até chegar em casa ou, então, se refugiar em lojas ou restaurantes das redondezas que permitam a utilização dos equipamentos. “Semana passada mesmo eu estava com minha filha aqui e ela sentiu vontade, eu corri logo para um restaurante aqui perto. Sempre faço isso, ou então vou ao shopping. Eu não tenho coragem de usar os banheiros públicos”, comentou.

No Parque Solon de Lucena, a situação piora à noite, devido ao aumento do fluxo de pessoas. A quantidade de banheiros acaba se tornando ainda mais insuficiente, tendo em vista a quantidade de bares no local. Muitos frequentadores do Parque, principalmente homens, acabam perdendo o pudor e utilizando como alternativa as árvores ali presentes. Para o professor Tarcísio de Oliveira, além do desrespeito a quem passa pelo local, essa atitude transforma o trânsito de pedestres em algo complicado. “Além do mau cheiro, que é terrível, ainda tem a questão constrangedora, porque passa uma mulher e está lá uma pessoa utilizando as árvores como banheiro. Falta consciência da população também”, completou.

MERCADOS

Nos mercados públicos da cidade, a situação não é muito diferente. No mercado de Cruz das Armas, por exemplo, há um banheiro masculino e um feminino. Na manhã em que a reportagem frequentou o local, a limpeza tinha sido feita há pouco tempo e o local estava em boas condições. Mas, segundo o comerciante Cláudio Borges, a situação geralmente é precária. “Aqui mal tem limpeza. A gente aqui ajuda a comprar o material de limpeza para manter limpo. Eu acho que deviam ter mais atenção para isso”, afirmou.

SEDURB DIZ QUE FAZ MANUTENÇÃO

De acordo com diretor de Serviços Urbanos da Sedurb, Flávio Monteiro, a quantidade de banheiros existente em João Pessoa hoje é suficiente para atender à demanda da cidade. Segundo ele, a situação descrita pelas pessoas demonstra, muitas vezes, a falta de cuidado e de educação da própria população que, muitas vezes, utiliza os banheiros de qualquer jeito, sem se preocupar com sua limpeza. “Os banheiros dos shoppings e mercados, por sua vez, têm a ajuda de comerciantes, que também tomam conta dos locais”, acrescentou.

Ainda conforme Monteiro, constantemente equipes são direcionadas a esses locais para realizar a sua manutenção bem como existem funcionários responsáveis por manter a limpeza na maioria desses equipamentos. Apesar disso, ele informou que é uma intenção da secretaria terceirizar o serviço, o que o tornaria ainda melhor para a população. “Aquele que cobra uma taxa, por exemplo, está sempre limpo porque essa taxa paga a empresa que terceirizou o serviço”, completou.

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Jornal da Paraíba

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