VIDA URBANA
Com retirada dos bares, lojistas querem garantir atrativos da praia do Jacaré
As lojas não vão ser retiradas do local e precisam de melhorias na infraestrutura para que possam continuar apoiando os visitantes do Jacaré.
Publicado em 02/07/2015 às 8:19 | Atualizado em 07/02/2024 às 13:26
Proprietários de lojas localizadas na Praia do Jacaré, em Cabedelo, temem que os turistas deixem de visitar o ponto turístico. Os lojistas alegam que, com a retirada dos bares e restaurantes do local, a população e os turistas deixem de visitar o Jacaré, justamente por conta da falta de estrutura e suporte que os estabelecimentos ofereciam. As lojas continuam abertas, não vão ser retiradas do local e precisam de melhorias na infraestrutura para que possam continuar apoiando os visitantes do Jacaré.
Segundo a presidente da Associação dos Lojistas da Praia do Jacaré, Tatiana Morimato, é importante deixar claro à sociedade, aos guias turísticos e turistas, que o pôr do sol do Jacaré continua, assim como todos os outros atrativos do ponto turístico que estão e vão continuar funcionando normalmente independente da retirada ou não dos bares e restaurantes. “O que nós queremos é evidenciar que o projeto de revitalização contempla as lojas, que estão funcionando e vão permanecer aqui. Com a saída dos restaurantes, as pessoas ficaram confusas achando que o ponto turístico ia deixar de existir, pelo contrário estamos aqui”, alertou.
“O pôr do sol do Jacaré e a movimentação no local já existiam bem antes dos restaurantes se estabelecerem aqui na região. Não é porque vão sair que as pessoas devem deixar de vir.Tudo vai continuar como antes” ressaltou a comerciante Romilda de Souza, moradora da Praia do Jacaré há mais de 48 anos.
A lojista Graça Bezerra trabalha há mais de cinco anos no local e explica que o projeto de revitalização do Parque do Jacaré vai demorar a ser executado e enquanto isso a Prefeitura Municipal de Cabedelo deveria melhorar a estrutura para que os turistas se sintam bem. “Precisamos de banheiros químicos, as pessoas usavam os dos restaurantes. Serviam de apoio. Enquanto não fazem a reforma, precisamos desse suporte e de segurança”, alegou.
A questão da segurança é um ponto que preocupa os comerciantes. “Um posto policial é caso de urgência. Não só para garantir a segurança das lojas, mas também para garantir a integridade dos visitantes”, afirmou a lojista Maria Eugênia.
Outro questionamento feito pelos comerciantes à prefeitura é sobre as apresentações do bolero de Ravel. “O músico Jurandir do Sax utilizava os bares como apoio. Sem os estabelecimentos, ele fica sem ter como ancorar o barco. Pedimos também que a prefeitura conceda uma estrutura, talvez antecipe a construção de um píer para que a atração continue até o projeto ser executado”, disse Tatiana Morimato, presidente da associação.
Por sua vez, o secretário de Turismo e Esporte de Cabedelo, Fábio Oliveira, que iria se reunir com os lojistas no fim da tarde de ontem, mas acabou adiando a assembleia, garantiu que as providências estão sendo estudadas pela prefeitura, para que os lojistas tenham toda a estrutura necessária ao funcionamento enquanto o projeto de revitalização não é executado. “Vamos estudar as medidas que iremos tomar para garantir a estrutura necessária ao local. A Guarda Municipal será colocada no local ainda nessa semana, para garantir a segurança dos lojistas e dos turistas”, concluiu.
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