Governador anuncia mudanças no sistema penitenciário

Da Redação
Com informações do Bom Dia Paraíba

Na noite desta segunda-feira (9), o governador Cássio Cunha Lima se reuniu por mais de duas horas com a cúpula de segurança do Estado, com o objetivo de avaliar a situação do sistema penitenciário e planejar novas ações contra o crime. Estiveram presentes secretários e representantes do poder judiciário, Ministério Público, Estadual, Policia Federal e Assembléia Legislativa.

Algumas das medidas que serão tomadas será a contratação de dois mil novos agentes penitenciários a partir do concurso público realizado no último domingo (8). Atualmente, o sistema conta com apenas 500 profissionais na área. Também serão propostas de mudanças na infra-estrutura das unidades prisionais. O governador ainda anunciou que o conselho penitenciário terá a missão de indicar e aprovar os nomes que deverão ocupar os cargos de diretores dos presídios.

De acordo com a procuradora geral da Justiça, Janete Ismael, as ações integradas deverão consertar os erros detectados não somente no presídio do Serrotão, em Campina Grande, mas também nas outras instituições do tipo em todo o Estado.

Na semana passada, a Operação Albergue, realizada no Serrotão, desmontou um esquema de tráfico de drogas e armas que era comandando de dentro da unidade prisional, contando com o auxílio de agentes penitenciários e policiais militares. Eles recebiam propinas para liberar presos dos regimes semi-aberto e fechado, que passavam noites fora do presídio e ainda tinham acesso a casas especiais dentro da cadeia, com direito a regalias, como eletrodomésticos.

Já na madrugada desta segunda, quatro presos fugiram do Sílvio Porto, em Mangabeira. Eles pularam o muro com o auxílio de uma corda de lençóis. A cerca elétrica estava ligada, mas, segundo Pedro Adelson, secretário de Administração Penitenciária do Estado, os presos teria usado material isolante para conseguir escapar dos choques. A fuga aconteceu entre as duas guaritas da entrada principal frente do presídio.

O secretário admitiu que no momento não tinha nenhum soldado nas guaritas. “Às vezes a tropa é envolvida em outras operações que julga mais importante e aí falta soldado nas guaritas. É nessas horas que acontecem, geralmente, as fugas”, explicou.