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VIDA URBANA

Moradores bloqueiam ruas em Cabedelo

De acordo com moradores de ruas com intenso tráfego de camihões, as vias não têm estrutura e segurança para o trânsito dos veículos.

Publicado em 25/02/2014 às 6:00 | Atualizado em 06/07/2023 às 12:33

As ruas Coronel José Teles e Francisco Serafim, vias arteriais de transporte de carga em Cabedelo, foram interditadas na manhã de ontem por moradores do local, que colocaram entulhos para impedir a passagem de veículos pela localidade. Eles cobram da prefeitura melhorias de infraestrutura nas ruas. Os moradores reclamam ainda da poeira constante e o abalo na estrutura das residências.

De acordo com os manifestantes, as ruas não têm estrutura para receber o tráfego de veículos de grande porte que é feito no local.

“A gente só quer que eles ajeitem essa rua. É muita poeira! Meu filho tem cansaço, tem que tomar antialérgico direto e eu tenho inflamação nos olhos constantemente. Esse município está perdido, mas a gente tem esperança”, afirmou Cristiane Sales, dona de casa. Ela mora no bairro há mais de 30 anos e diz que a população já realizou cerca de seis protestos cobrando providências.

“A gente sofre com rachaduras nas casas, doenças, ruas que são impossíveis de se transitar. Todos saem prejudicados, inclusive os caminhões, que são quem geram riqueza para o município. A solução é protestar, e vamos continuar protestando até conseguir que alguma providência seja tomada”, declarou.

Outra moradora que sofre com os constantes problemas das ruas é a dona de casa Maria de Lourdes da Silva. Ela tem 57 anos e mostra na pele as consequências das condições nas quais vive, “Esse tempo todo que eu moro aqui eu vejo esses problemas. Eu já tive pneumonia e tenho problema de pele porque, com a água acumulada, vem mosquito e tudo que é bicho. Além dos caminhões que passam quebrando a rua, é uma barulheira que a gente acorda assustado”, relatou.

De acordo com um dos organizadores do protesto, André Roque, há aproximadamente um mês foi realizada uma reunião entre as autoridades municipais e as empresas localizadas no município para buscar uma solução para o problema, mas até agora nada foi feito.

“Eles realizaram uma reunião há mais de um mês e prometeram que solucionariam o problema. Prometeram o mínimo, como varrição da rua uma vez por semana, para diminuir a poeira, mas nada. A chuva é que nos salva às vezes assentando a poeira”, acrescentou.

Para o morador de Cabedelo, a solução é protestar e continuar esperando que alguma providência seja tomada. “Nós já reivindicamos muitas vezes, mas não perdemos a esperança que, unidos na luta, toda a Cabedelo terá os seus problemas resolvidos. Eu nunca vou me tranquilizar com isso e sei que um dia conseguiremos a resolução dos nossos problemas”, pontuou.

PREFEITURA NEGOCIA MELHORIAS

Com o protesto, cerca de 50 caminhões ficaram espalhados pela cidade impedidos de transitar pelas ruas. De acordo com o presidente do Sindicato de Trabalhadores de Transporte de Cargas Perigosas, Hemerson Galdino, o prejuízo causado pelo protesto é incalculável, mas os caminhoneiros apoiam o movimento e também esperam por melhorias.

“Cabedelo abastece os 223 municípios da Paraíba e ainda transporta para Estados vizinhos, então não tem nem como calcular o prejuízo devido a esse protesto, que está afetando a principal renda do município, mas nossos trabalhadores também suplicam por melhores condições de trabalho. Por isso estamos apoiando e não entraremos em conflito com eles, ficaremos parados até que se tenha uma solução e se desobstrua a rua”, afirmou.

Ainda na manhã de ontem, Flávio Araújo, chefe de gabinete da Prefeitura de Cabedelo, se dirigiu ao local para prestar esclarecimentos à população. No final da tarde, houve uma reunião entre o prefeito, moradores e vereadores. “Foi feito um cronograma para as obras de ajustes nas ruas que foi reivindicado pelos moradores. Então, os moradores disseram que liberariam a rua ainda hoje (ontem)”, afirmou. “Sofremos muita pressão por causa da interdição, porque toda a gasolina da Paraíba sai daqui. Começaram a nos ligar postos de gasolina, trasportadoras, empresas. Foi um efeito dominó”, relatou Fábio.

Apesar do chefe de gabinete garantir que as ruas seriam liberadas pelos moradores, até o fechamento desta edição as duas vias continuavam bloqueadas. Em consequência, vários caminhões permaneciam parados sem conseguir chegar ao destino.

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Jornal da Paraíba

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