VIDA URBANA
0,2% do lixo coletado na capital é reciclado
Além de preservar o meio ambiente, a reciclagem é fonte de renda para famílias carentes.
Publicado em 04/04/2012 às 6:30
Das 700 toneladas de lixo coletadas diariamente em João Pessoa pela Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur), apenas 1.450 quilos são reciclados. A quantidade equivale a cerca de 0,2%. O percentual seria maior se a população separasse os resíduos sólidos, antes de fazer o descarte.
Além de preservar o meio ambiente, a reciclagem é fonte de renda para famílias carentes. Na capital, pelo menos, 800 pessoas sobrevivem exclusivamente do que retiram dos sacos de lixo. Elas são cadastradas às cinco cooperativas de reciclagem credenciadas à Emlur. No entanto, há outra parcela de catadores que não pode ser contabilizada porque trabalha de forma autônoma na cidade e não possui cadastro na Emlur ou em qualquer outra instituição.
Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) implantou o sistema da coleta seletiva em sua sede, em João Pessoa. Em todas as salas dos órgãos, foi colocado um conjunto de quatro recipientes coloridos, que serão usados para fazer o descarte de resíduos sólidos.
Os servidores também receberam treinamento para usar corretamente os materiais, já que cada tonalidade indica que o pote só pode receber um tipo de material específico, como papel, plástico, vidro e metal.
Uma vez por semana, agentes de reciclagem cadastrados à Associação Astramare, que funciona em João Pessoa, irão ao local para remover o acumulado. Esse material será levado para os aterros sanitários, que funcionam nos bairros do Padre Zé, Róger e Distrito Indústrial. Nesses locais, os resíduos se juntarão aos demais trazidos pelos caminhões da Emlur. Em seguida, serão separados, pesados e vendidos.
“Temos cerca de 140 famílias cadastradas, que ganham, em média, de R$ 300 a R$ 350 por mês, com a venda dos materiais”, conta o presidente da Associação Astramare, Heráclito Alves da Silva.
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