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VIDA URBANA

11% dos portadores de HIV deixam tratamento

Percentual de pacientes que abandonam o tratamento é de 11,08%, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde.

Publicado em 02/11/2012 às 6:00

Onze em cada 100 pessoas diagnosticadas com Aids na Paraíba desistem de prosseguir com o tratamento, que é oferecido gratuitamente pelos serviços de saúde, e se entregam à doença. O alerta é da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que já identificou o abandono em 277 dos 2.500 pacientes que começaram a receber a assistência no Estado. O percentual é de 11,08%.

Com essa atitude, os portadores acabam acelerando os efeitos do vírus HIV no organismo e podem morrer. Segundo a gerente operacional de DST/Aids da Secretaria de Estado da Saúde, Ivoneide Lucena Pereira, o tratamento é feito através do coquetel antirretroviral (ART). Ela explica que os motivos do abandono são variados.

“Alguns mudam para outros Estados, ou chegam a óbito e a família não informa a Secretaria, e outros não querem mesmo continuar fazendo o tratamento”, informa a gerente operacional da Secretaria de Estado de Saúde, Ivoneide Lucena.

A religião, aponta Ivoneide, é muito importante para que os pacientes com Aids ou portadores do vírus HIV deem sequência ao seu tratamento. “Eles têm muita fé em Deus e assim acreditam que vão melhorar e continuar a vida normalmente”, afirma.

Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, os homens correspondem a 65% das pessoas que contraíram Aids na Paraíba e as mulheres chegam a 35% dos casos registrados pela Secretaria de Estado de Saúde. Ivoneide Lucena informa que a Paraíba ocupa o 1º lugar no Brasil entre os Estados que oferecem o teste rápido para HIV e sífilis nas Unidades de Saúde da Família.

“Hoje, 160 municípios oferecem o teste em suas unidades de saúde, mas queremos atingir todos os 223 municípios da Paraíba”, afirmou.

A clínica geral Ana Paiva, diretora técnica do Hospital Clementino Fraga, referência no Estado em tratamento de pessoas com doenças infectocontagiosas, diz que o preconceito da sociedade também é um dos motivos pelo qual os pacientes que são portadores de Aids param o tratamento. “Em muitos casos, a família nem sabe que eles são portadores do vírus HIV e por isto acabam não dando continuidade ao tratamento”, concluiu a médica.

Outro motivo apontado por Ana Paiva é a reação que os medicamentos provocam no organismo do paciente, que devem usar diariamente 17 tipos de comprimidos. Segundo ela, o Clementino Fraga oferece todo o tratamento a estes pacientes, além de contar com um grupo de adesão, com psicólogo, assistentes sociais, psiquiatra, infectologistas e outros profissionais, que oferecem apoio e orientação.

De acordo com Ana Paiva, as mulheres são as mais participativas no grupo e procuram dar sequência ao tratamento de maneira integral. O abandono no tratamento para Aids, segundo a médica Ana Paiva, deixa o sistema imunológico enfraquecido, resultando na entrada das chamadas doenças oportunistas e o paciente fica mais propenso a infecções.

“Entre estas doenças, estão a tuberculose, a pneumonia e a toxoplasmose, que afeta o cérebro”, informa a diretora do Clementino Fraga, Ana Paiva.

O uso do coquetel antirretroviral ajuda a diminuir a quantidade do vírus HIV, bloqueando a sua multiplicação. A diretora do Clementino Fraga, Ana Paiva, ressalta que os pacientes que estejam com a carga viral alta e com os leucócitos em baixa quantidade devem começar o tratamento com o coquetel com urgência.

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Jornal da Paraíba

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