13 cursos têm nota 5 no Enade

Dos 109 cursos oferecidos por Instituições de Ensino Superior (IES) da Paraíba que foram avaliados pelo Ministério da Educação (MEC), através do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), apenas 13 receberam o conceito 5.

A pontuação é a mais alta concedida a uma instituição de ensino superior do país e é obtida quando o local oferece um serviço considerado pelos avaliadores como sendo de excelente qualidade. Os dados foram divulgados ontem no Diário Oficial da União.

As informações são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao MEC. Os dados mostram que, apesar da presença de apenas 13 instituições com o conceito máximo do MEC, a Paraíba apresentou desempenho positivo na avaliação do governo federal.

O ensino oferecido por 47 cursos avaliados recebeu nota 4 e foi conceituado como bom, enquanto que outros 38 obtiveram pontuação 3, que classifica a qualidade como satisfatória. Por outro lado, nove cursos tiveram nota 2 e apenas um recebeu a pontuação 1, que demonstra que o serviço está precário.

Na lista dos 13 cursos que tiveram nota máxima do Enade, estão Sistemas de Computação e Computação (licenciatura), oferecidas pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) na cidade de Rio Tinto. Em João Pessoa, os cursos da UFPB de Filosofia (bacharelado), Ciências Sociais (licenciatura), computação (sistemas de informação) e Geografia (bacharelado) também tiveram nota 5.

Outros cinco cursos que obtiveram nota 5 são da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), são eles: Ciências Sociais, Computação, Geografia, Pedagogia e História. Outros três cursos com conceito máximo foram os cursos “Tecnologia em Rede de Computadores” (oferecido em João Pessoa), “Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas” (oferecido em Cajazeiras), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB).

Para a doutora em História e pró-reitora de Graduação da UFPB, Ariane Norma Meneses de Sá, o desempenho das universidades paraibanas se deve à dedicação de professores, alunos e também das políticas adotadas pelo governo federal na área da educação. Ela destaca que a maioria do corpo docente da UFPB, por exemplo, é formado por mestres e doutores. “São profissionais que se envolvem com pesquisas e ações que melhoram a qualidade o ensino oferecido em sala de aula. Além das atividades pedagógicas, eles realizam projetos e trabalhos de extensão”, disse.

“Outro fator importante é a postura do próprio aluno, que está se dedicando mais ao curso, por causa das cobranças do mercado de trabalho”, analisou.

O desempenho paraibano segue uma tendência nacional. De acordo com o Inep, houve evolução na qualidade da educação superior brasileira nos últimos anos. De acordo com os resultados revelados ontem, foram avaliados 8.665 cursos das ciências exatas e licenciaturas e áreas afins no ano passado.

Além dessas graduações, o MEC examinou também a qualidade do aprendizado ofertado por cursos tecnológicos de controle e processos industriais, informação e comunicação, infraestrutura e produção industrial. Os avaliadores visitaram 2.136 universidades, faculdades e centros universitários. Desse total, 50,6% tiveram conceito 3, considerado satisfatório, enquanto que outras 27% tiveram conceito insuficiente.

Atualmente, 53,9% das matrículas do ensino superior estão nas universidades, 30,9% nas faculdades e 13,7% nos centros universitários.

UNIPÊ E IFPB
O curso de Arquitetura e Urbanismo, do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), recebeu nota 2. Procurada para comentar o assunto, a coordenadora do curso, Dayse Luckwü, informou que a instituição só irá se pronunciar sobre o resultado do Enade na próxima semana.

A reportagem não conseguiu contato com o IFPB para comentar a nota 5 de 'Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas' e a nota 2 do curso de Tecnologia em Automação Industrial.